Os
protestos de caminhoneiros contra tributos no diesel que elevam os custos para a categoria entram no terceiro dia nesta quarta-feira(23), ameaçando o abastecimento de combustíveis em postos, aeroportos e levando até mesmo a agência reguladora do setor de petróleo, ANP, a flexibilizar a mistura de
biodiesel para grandes consumidores no Rio de Janeiro.
"Os postos têm capacidade de armazenamento em média de três dias, parece que já tem revendedor com os estoques no final, a partir de hoje provavelmente a situação se agrava", afirmou à Reuters o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares.
O protesto dos caminhoneiros ocorreu em mais de 20 Estados do país na terça-feira e deve continuar nesta quarta-feira, conforme a associação que organiza o movimento dos caminhoneiros autônomos do país, a Abcam.
Segundo o presidente da Fecombustíveis, que representa os postos de
abastecimento no país, "em vários locais os caminhões-tanques não estão conseguindo passar" para abastecer postos e distribuidoras.
De acordo com o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral, há bloqueios em polos de distribuição, estocagem e mistura de diesel e biodiesel em alguns pontos do país, mas a situação é mais delicada no Rio de Janeiro.
Por isso, a ANP vai suspender temporariamente na quarta-feira e quinta-feira a mistura de 10 por cento de biodiesel no diesel comercializado para atender grandes consumidores no Rio de Janeiro.
Um dos principais polos de biodiesel que atendem a capital fluminense está situado perto da Refinaria Duque de Caxias. Com os bloqueios nas estradas brasileiras, há dificuldades para a chegada do produto, que vem principalmente do Centro-Oeste do país.
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Fonte: Reuters