Apesar de sua aparente robustez - em abril o crescimento anual ficou em 4,2% -, esse número precisa ser encerado com certas reservas para não causar uma euforia mal direcionada. Ele é antes o reflexo de um processo de normalização do que o sinal de um mercado mais aquecido.
Normalidade
Isso porque a greve de caminhoneiros de maio de 2018 praticamente paralisou o setor de biodiesel e acabou levando a uma contração de 14%na produção. Vale ressaltar, no entanto, que o resultado atual é o maior já obtido para o mês de maio.
Na comparação mês a mês, tivemos uma queda de 3,6% em relação ao resultado de abril. Contrações entre abril e maio não são inéditas, desde que o Brasil passou a produzir biodiesel em apenas 6 dos 15 anos, houve queda na produção.
Somando a produção entre janeiro e maio, as usinas brasileiras colocaram um pouco menos de 2,24 bilhões de litros. O somatório da produção nos primeiros cinco meses avançou 14,3%. Esse período, no entanto, inclui dois meses - janeiro e fevereiro - onde a comparação ainda se dá entre B8 e B10.
Potencial
A maior produtora do mês de maio foi a Potencial. A usina paranaense acelerou 18,2% e fabricou 30,4 milhões de litros de biodiesel - 18,2% a mais do que em abril - e tomou a primeira posição da Granol de Anápolis que caiu para a terceira colocação do mercado.
O ano tem sido concorrido, até agora nenhuma usina de biodiesel conseguiu liderar o ranking de fabricantes por dois meses seguidos. A Granol de Anápolis foi a única que ocupou o posto duas vezes - em janeiro e em abril. Contudo, a Potencial vem se mantendo sempre no pódio (foram três 3ª lugares, um 2º e um 1º) o que lhe rendeu o primeiro lugar no somatório da produção até agora com 140,9 milhões de litros - 6,3% do total fabricado até agora.
O Rio Grande do Sul foi a principal origem do biodiesel brasileiro em maio. Foram mais de 123,3 milhões de litros o que equivale a 27,5% da produção total.
Fonte:
BiodieselBR