Secretário afirmou que o Renovabio apresentou números positivos de 2020, quando foram emitidos 18,5 milhões de CBios
A eficácia do Renovabio ficou comprovada com o cumprimento de 98% da meta de aquisição de créditos de descarbonização após o desafiador ano de 2020”. A afirmação é do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho, ao participar, nesta terça-feira (9/2) do webinar “Os próximos passos do Renovabio”, promovido pela agência de notícias EPBR.
Ao longo do debate, do qual participaram, entre outros técnicos, Symone Araújo, diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o secretário José Mauro abordou temas como tributação, a inserção de novos biocombustíveis e também as metas para 2021.
O secretário afirmou que o Renovabio apresentou números positivos de 2020, quando foram emitidos 18,5 milhões de CBios e comercializados cerca de 15 milhões na Bolsa de Valores B3 a um preço médio de R$ 43,66. “Esse valor dá algo em torno de 8 dólares. Com esse valor movimentado e esse preço médio, chegamos ao resultado de quase 650 milhões de reais”, acrescentou, otimista, José Mauro.
Sobre a tributação do CBio, o secretário disse que há aprimoramentos a serem feitos e que o assunto está sendo tratado conjuntamente com o Ministério da Economia, com a provável elaboração de medida provisória.
Em relação à volatilidade do preço do Cbio, ele acredita que, para 2021, com a meta de 24 milhões de CBios, “será um ano de bom volume de oferta de CBios e a expectativa é o equilíbrio entre oferta e demanda e também dos preços, como ocorreu no final do ano passado”.
A diretora da ANP, Symone Araújo, destacou que o principal desafio do Renovabio é o desenvolvimento de mercados cada vez mais abertos, competitivos e dinâmicos, “pois eles colaboram visando à sustentabilidade econômica, social e ambiental, para a promoção de políticas públicas sinérgicas”.
José Mauro também falou sobre os novos biocombustíveis no mercado, com destaque para o diesel verde, hoje, o terceiro biocombustível mais comercializado no mundo. De acordo com o secretário, a Petrobras já possui um processo denominado HBio, no qual introduz certa quantidade de óleo vegetal e obtém um diesel com composição renovável.
O secretário confirmou a adição do B13 a partir de 1º de março e, sobre o B15, disse que a previsão é para 2023. “Este ano, temos grandes desafios relacionados aos biocombustíveis. Queremos olhar o HVO, o processo Hbio, o diesel verde, o bioquerosene de aviação, o biometano e os combustíveis de maior octanagem e menor emissões”, afirmou José Mauro. “Temos uma agenda com muito trabalho e esperamos, em breve, disponibilizar os nossos cronogramas”, concluiu.
Fonte: MME
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