Hoje (12), foi confirmada a primeira transação de Créditos de Descarbonização também conhecidos como CBIOs, no âmbito do RenovaBio, Plano Nacional de Biocombustíveis. A unidade de Conferência da DATAGRO, a DATAGRO Conferences, adquiriu os primeiros 100 CBIOs negociados da história com a intermediação da SUCDEN, tradicional trading internacional de commodities com larga experiência na área de açúcar e etanol.
Segundo Luiz Felipe Nastari, diretor da DATAGRO Conferences, os CBIOs serão utilizados para neutralizar as emissões de carbono relacionadas aos eventos da DATAGRO deste ano de 2020. "Estamos muito felizes em contar com um instrumento moderno como os CBIOs para neutralizar as emissões relacionadas aos nossos eventos, pois estimulam o aumento da eficiência energética e ambiental, e não só irão ajudar a limpar o planeta, mas também a reduzir o preço do combustível para o consumidor".
Para a SUCDEN, que intermediou a compra dos primeiros CBIOs da história, esse é também motivo de comemoração. Segundo Jeremy Austin, presidente da empresa no Brasil, "este primeiro trading de CBIO tem um significado muito grande para o Grupo pois, além de compactuar com nossas políticas socioambientais, afirma nossa confiança na política do RenovaBio e no etanol. A SUCDEN confirma com este primeiro passo, seus objetivos em participar ativamente no mercado de CBIOs".
Os primeiros 100 CBIOs da história foram adquiridos pelo valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) cada um, valor que equivale a aproximadamente 10 dólares por CBIO, ou tonelada de carbono. Na Califórnia, esta semana cada tonelada de carbono relacionada ao programa Low Carbon Fuels Standard foi negociada pelo valor de 212 dólares.
Os primeiros CBIOs negociados da história foram oferecidos pela ADECOAGRO, produtora de etanol com unidades produtoras localizadas nos estados do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e escriturados pelo Banco Santander.
O RenovaBio foi aprovado na forma da Lei 13.576 de 2017, e regulamentado através de vários decretos federais, e resoluções da ANP. Atualmente, cerca de 200 produtores de biocombustíveis estão certificados e autorizados pela ANP a emitir e oferecer CBIOs ao mercado. Pelas regras do programa, as companhias distribuidoras de combustíveis deverão adquirir CBIOs para compensar as emissões relacionadas a suas vendas de combustíveis fósseis, em atendimento da meta nacional de descarbonização.
Fonte: Documento DATAGRO
Combustível do Futuro: MME promove debate sobre evolução das misturas de etanol e biodiesel
Aprovado na Câmara projeto que inclui produtores independentes no RenovaBio
As recomendações da "força-tarefa" de empresários para fazer a transição para a economia verde