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18 nov 2021 - 09:47
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Por que precisamos apostar todas as fichas na descarbonização

Para assumir papel relevante na corrida climática, Brasil precisa qualificar seu desenvolvimento para baixo carbono


Da iniciativa privada a governos, formou-se, mundialmente, uma constelação de atores prontos a agir para mitigar e se adaptar aos riscos da mudança climática, cientes das muitas oportunidades do desenvolvimento de baixo carbono e dispostos a apostar todas as fichas na transição para uma economia descarbonizada.


No Brasil, esse movimento não é diferente. Se por um lado é uma grande potência ambiental, se forma aqui um vibrante ecossistema de atores comprometidos com metas de descarbonização. Mas então o que falta para que o país assuma a dianteira na corrida climática global?


Um dos entraves é a falsa ideia de que há uma escolha entre desenvolvimento e descarbonização, fazendo com que as políticas públicas e diretrizes governamentais incentivem as práticas já ultrapassadas e intensivas em carbono, além de aumentar as barreiras para aqueles que querem inovar. Além disso, há no Brasil uma multiplicidade de atores com ideias distintas do que deveria ser o modelo de desenvolvimento adequado para o país e com iniciativas que muitas vezes não se conversam e acabam dispersando esforços.


Com objetivo de dar legitimidade a processos de discussões de políticas públicas entre para a descarbonização estes diferentes atores, a iniciativa “Clima e Desenvolvimento: visões para o Brasil 2030” reuniu cerca de 300 atores da sociedade civil, representantes de empresas e lideranças políticas e sociais para imaginar possíveis cenários de um Brasil de baixas emissões, equilibrando as viabilidades técnica e política.


Os cenários desenvolvidos pela iniciativa tomam como base um cenário onde é mantido o rumo atual de políticas e ações, levando o Brasil a emitir 1,7Gt CO2e em 2030 (0,1 Gt CO2e a mais do que o limite assumido na NDC brasileira). Já os dois cenários elaborados optam pelo caminho de baixo carbono, onde em 2030 essa redução pode ser de 66% (atingindo 0,86 Gt CO2e) ou de 82% (0,5 Gt CO2e). Ainda que ambos considerem a retomada da economia e a transição justa para a neutralidade climática, a diferença entre eles está na taxa anual de desmatamento zero em 2030 na Amazônia e Mata Atlântica.


O processo de escuta de diferentes atores e a elaboração de cenários técnicos demonstrou que realizar a descarbonização não implica em sacrifícios para nossa economia, e, na realidade, cria novos empregos, aumenta a complexidade econômica do país e desenvolve a economia, com soluções maduras e de baixo custo, focadas no aumento expressivo das remoções por sumidouros novos ou conservados, radical redução do desmatamento e da regulação do preço de carbono.


O Brasil já conhece as boas estratégias no jogo da descarbonização e reúne boas condições para utilizá-las, mas nas últimas décadas tem feito apostas ruins. Precisamos tomar grandes decisões como as que adotamos no passado, como o Plano Nacional de Prevenção e Controle do Desmatamento nos anos 2000, o reconhecimento dos direitos ambientais, indígenas e quilombolas na Constituição Federal de 1988 e a criação de áreas protegidas, o investimento pioneiro em agricultura tropical e em biocombustíveis nos anos 70, entre outras.


Ainda, é necessário que a transição do sistema financeiro vá além de apenas adicionar recursos para medidas de baixo carbono. No médio-longo prazo, as finanças como um todo devem ser direcionadas para o baixo carbono, deixando para trás o financiamento em combustíveis fósseis. Postergar ações efetivas, adiando esta transição, implica apenas no aumento das perdas que teremos que remediar, demandando ainda mais recursos para adaptação das economias e das cidades.


Ou seja, o desafio reside apenas nas escolhas que faremos nesta década. Quando Donald Trump anunciou que sairia do Acordo de Paris, os estados e sociedade americana afirmaram “we are still in”, indicando que continuariam no acordo de Paris. No Brasil, mais do que isso, precisamos dar o “all in”, como no poker, apostando todas as nossas fichas em uma única jogada – da descarbonização intencional.


Fonte: Veja

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