Segundo a ministra, o plano ainda não é totalmente "verde" a fim de alcançar produtores que precisam de auxílio para adoção de práticas sustentáveis
O Plano Safra 2021/22, que terá vigência a partir de 1º de julho, será "mais verde", segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. "Mesmo que não esteja totalmente atrelado a ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), terá algumas diferenciações a produtores que adotam boas práticas daqueles que não adotam", disse a ministra durante o painel "Os 3 I's da Agricultura: Inovação, Infraestrutura e Instrumentos Verdes", no segundo dia do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF).
O evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil é organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo governo federal.
Segundo a ministra, o plano ainda não é totalmente "verde" a fim de alcançar produtores que precisam de auxílio para adoção de práticas sustentáveis. "Gostaríamos de fazer um Plano Safra ainda mais verde, mas é preciso fazer em escala para trazer todos produtores e chegar em patamar desejável", pontuou a ministra.
O Plano Safra é a principal política de crédito pública para o setor agrícola e deve ser anunciado em meados de junho pelo ministério.Na avaliação de Tereza Cristina, um dos principais desafios da pasta é inserir os pequenos agricultores nas práticas de ESG e fornecer acesso à tecnologia. "O pequeno produtor ainda precisa da mão do governo, ainda precisa de políticas públicas voltadas para ele. Esse produtor é uma das nossas principais preocupações", salientou a ministra.
Segundo ela, o grande produtor já sabe do ganho de eficiência, produtividade e sustentabilidade do uso de tecnologias, mas o de pequeno porte necessita de políticas públicas para que essa tecnologia chegue até ele. "Isso exige políticas públicas para diminuirmos o gap (intervalo) entre grandes e pequenos produtores", apontou a ministra.
Fonte: Época Negócios
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