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26 mai 2022 - 16:00
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Para produtores, a melhor saída para o Brasil é estimular o uso de biodiesel para garantir o abastecimento

A possível crise de abastecimento de diesel no Brasil no segundo semestre deste ano poderia ser amenizada se o governo aumentasse a mistura do biodiesel de 10% para 14%, disse ao Estadão/Broadcast o presidente do Conselho de Administração da APROBIO, Francisco Turra, associação dos produtores de biodiesel. O Brasil gastou em abril US$ 1,4 bilhão com a importação de diesel fóssil, maior dispêndio mensal com importação de diesel desde novembro de 2012, informou.


No ano, as importações já somam US$ 3,4 bilhões, e a tendência é de que a conta fique ainda mais salgada no segundo semestre, se a já apertada comercialização de diesel no mercado internacional ficar mais estressada, como preveem especialistas. 


Na terça-feira, 24, a Federação Única dos Petroleiros (Fup) emitiu nota alertando sobre o risco de desabastecimento de óleo diesel no Brasil no início do segundo semestre deste ano, em função da prevista escassez de oferta no mercado internacional e do baixo nível dos estoques mundiais. "A demanda brasileira pelo produto tende a aumentar a partir de junho/julho próximos, com o aumento da safra agrícola, a maior circulação de caminhões e a esperada retomada do consumo no período pós pandemia da covid-19", disse a entidade.


“O preço de US$ 160/170 o barril de diesel está longe de refletir o que pode acontecer daqui para frente, quando as sanções europeias entrarem em funcionamento e se a China relaxar as restrições do surto de covid”, disse recentemente o presidente da Enauta e ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, durante um webinar.


Para o setor de biodiesel, a melhor saída para o Brasil é estimular o uso do biocombustível para garantir o abastecimento. A mistura atualmente deveria estar sendo de 14%, mas uma decisão do governo, no apagar das luzes do ano passado, reduziu o porcentual para 10%, sob alegação de que ajudaria a reduzir o preço nos postos de abastecimento. Não ajudou, já que o diesel subiu de preço e hoje está apenas um pouco abaixo do biodiesel. Segundo dados da ANP, a média do preço do diesel era de R$ 6,741 o litro na semana passada, enquanto o litro do biodiesel custa em média R$ 7.


“Uma avaliação indicou que cada ponto porcentual de aumento no teor de biodiesel resulta em um ganho para a sociedade de R$ 30 bilhões ao ano, contabilizando os aspectos sociais, ambientais, de saúde pública e econômica, a redução de custos, aumento de produção, abertura de novos postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida com a redução da poluição ambiental”, disse Turra ao Estadão/Broadcast.


O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) foi criado em 2005 e passou por várias regulamentações. A mais recente foi em 2018, quando o governo de Michel Temer estabeleceu um cronograma de evolução da mistura obrigatória de biodiesel que previa 1 ponto porcentual por ano até atingir a mistura de 15% (B15), em 2023.


Em 2019, a mistura foi de 11%, e de 12% em 2020. Este ano, portanto, defendem os produtores, deveria ser a vez da mistura de 14%, mas foi reduzida para 10%, aumentando a necessidade da importação de diesel.


Pelas contas da APROBIO, se a mistura fosse de 14% (B14), o Brasil teria consumido aproximadamente mais 200 mil metros cúbicos de biodiesel em abril, evitando assim a necessidade de importação de volume equivalente de diesel. "Considerando este volume e a cotação média do diesel importado, em abril poderíamos projetar uma economia de divisas de cerca de US$ 180 milhões", calculou.


Turra destacou que, enquanto o Brasil não tiver refinarias suficientes para abastecer todo o País, continuará transferindo empregos para lugares onde se produz combustível fóssil. Segundo a ANP, o Brasil importa em média cerca de 25% de todo o diesel que consome, dependendo da época do ano. Durante a safra, quando aumenta o número de caminhões em circulação, as importações podem chegar a 30%.


O preço do diesel disparou no mercado internacional com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com o fluxo de comércio sendo modificado para atender os países europeus que dependem do gás da Rússia. O país ameaça cortar o fornecimento de gás para vários países, já tendo cortado o envio do insumo para Bulgária, Polônia e Finlândia. Sem gás, a alternativa é usar diesel, o que provoca a escassez no mercado mundial.


No governo Bolsonaro o preço do diesel subiu 165,5% - acima da alta de 155,8% da gasolina e de 119,1% do GLP -, impulsionado em um primeiro momento pela retomada da economia, após a pandemia do covid-19, e mais recentemente pelo conflito no leste europeu.


Além de contaminar a inflação, e com isso ameaçar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a alta do diesel coloca em risco o apoio dos caminhoneiros ao político, que ameaçam fazer uma nova greve, como a de 2018, e parar novamente o País.


Fonte: Estadão

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