O Brasil é um dos países que mais avança na implementação de ações para a transição energética, destaca o relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado nesta semana. Segundo o documento, o país subiu para a 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), ficando em primeiro lugar entre os países emergentes, entre todos os países da América e em terceiro, entre as nações participantes do G20.
A série de políticas estratégicas e os investimentos focados na expansão das energias renováveis foram fatores preponderantes para a posição de destaque. “Mais uma vez, somos reconhecidos pelas nossas ações e políticas públicas voltadas para transição energética, justa, inclusiva e equitativa, como o próprio Fórum Econômico Mundial destacou no relatório. Estamos liderando pelo exemplo, com foco na dimensão social da transição energética, pautando os desafios do financiamento para países em desenvolvimento e a proposição de um conjunto de princípios para que seja, de fato, um processo justo e inclusivo”, ressaltou o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Uma das principais iniciativas apontadas para a ascensão do Brasil na lista foi o compromisso de longo prazo com a energia hidrelétrica e biocombustíveis, aliado a avanços significativos na geração de energia solar. Essas ações não apenas diversificaram a matriz energética nacional, mas também fortaleceram o ambiente de investimentos em infraestrutura sustentável. Programas de incentivo e desenvolvimento tecnológico foram fundamentais para o crescimento da geração distribuída e para a redução das emissões de gases de efeito estufa, aponta o relatório.
“E vamos avançar ainda mais. Entre as iniciativas do MME para a descarbonização é nosso projeto de lei do Combustível do Futuro, já em apreciação no Senado Federal, que vai destravar mais R$ 200 bilhões de investimentos para o setor, fomentar os combustíveis de nova geração, introduzir o SAF e o diesel verde na matriz energética e, ainda, criar o marco legal para atração de investimentos na captura e estocagem de CO2”, completa Alexandre Silveira.
Para elaborar o ranking entre os 120 países, o Fórum Econômico Mundial utilizou o Índice de Transição Energética (ETI), que analisa a média de 46 indicadores e atribui nota final de 0 a 100 aos países listados. O Brasil registrou pontuação de 65,7, ficando à frente de grandes potências como Reino Unido (65,6), China (64,1) e Estados Unidos (64).
Renovabilidade Brasileira
O Brasil , reconhecido internacionalmente, aumentou a renovabilidade da matriz energética para 49,1% no último ano, como aponta o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024 - elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o MME. O percentual é muito superior ao observado no resto do mundo, em torno de 14,7%. O percentual de renováveis na matriz elétrica também aumentou, subiu para 89%, enquanto no mundo é de apenas 29%.
O Ministério de Minas e Energia já garantiu R$ 60 bilhões em investimentos na expansão da transmissão de energia pelo Brasil, com os 2 leilões realizados em 2023 e 1 no primeiro semestre de 2024, que atuarão como vetor da segurança e da transição energética em capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional. Em 2023, foi assinada a ordem de serviço da linha de transmissão que irá conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Estão sendo investidos R$2,5 bilhões nas obras que vão substituir as usinas termelétricas e garantir energia confiável, limpa e renovável.
“É o Brasil mais interligado, mais forte, mais unido, mais verde. Tudo isso significa segurança energética para a nossa população. Isso é combater a desigualdade, olhar para os mais pobres, buscar desenvolvimento social econômico, gerando emprego e renda de qualidade para nossa gente”, finaliza o ministro.
O Ministério também tem atuado para implementar políticas que favorecem a integração de soluções inteligentes de gestão energética, promovendo maior eficiência operacional e redução de desperdícios. Essas medidas não só contribuem para a sustentabilidade ambiental, mas também para a segurança energética e o desenvolvimento econômico inclusivo.
Fonte: Agência Gov
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