Brasil e Europa estão em lados opostos da mesa de negociação em uma batalha que envolve emissão de gases poluentes e transporte de mercadorias pelos mares.
De um lado, países desenvolvidos liderados pela União Europeia querem impor metas ambiciosas de redução de CO2 por navios de carga. Eles argumentam que, se nada for feito, os navios serão responsáveis por um quinto do total de emissões causadoras do aquecimento global nos próximos 30 anos. Uma das propostas é eliminar por completo a emissão de CO2 no transporte marítimo até 2050.
Por outro lado, nações como Brasil, Chile, Argentina e Panamá afirmam que metas como esta prejudicariam duramente as economias de países em desenvolvimento, que dependem do transporte marítimo para exportar produtos primários, como aço, minério e soja. Eles defendem metas diferenciadas para nações mais pobres, que historicamente tiveram menos responsabilidade no aquecimento global.
Ao longo desta semana, um grupo de trabalho da Organização Marítima Internacional, da qual o Brasil também faz parte, tentará chegar a um acordo para ser votado na semana que vem pelo comitê diretor da instituição.
Como o transporte marítimo é internacional - com o carregamento de mercadorias de praticamente todos os países pelos mares -, a decisão sobre os cortes de emissões está a cargo desta instituição, formada tanto por representantes de países como por membros da indústria naval.
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Fonte: BBC Brasil