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16 nov 2023 - 11:18
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ONU alerta para recorde na concentração de gases causadores do efeito estufa na atmosfera

A Agência Meteorológica da ONU alertou nesta quarta-feira (15) para a maior concentração já registrada na atmosfera de dióxido carbono, o principal causador do efeito estufa.


Um recorde para ninguém se orgulhar. A última vez que o Planeta Terra registrou uma concentração de dióxido de carbono parecida foi entre três e cinco milhões de anos atrás, quando os cientistas acreditam que a temperatura era cerca de 3° C mais quente e o nível do mar até 20 metros mais alto do que agora.


O CO2 é o principal gás responsável pelo aquecimento global. Em concentrações normais, o dióxido de carbono ajuda a manter o calor do sol na atmosfera. Mas quando há mais desse gás no ar, o planeta se aquece mais do que o normal. E esse aquecimento causa mudanças no padrão do clima. Mais furacões, tornados e ondas de calor.

O alerta é da Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU. O estudo concluiu que, em 2022, o nível de CO2 na atmosfera foi 50% maior que o registrado antes da Revolução Industrial e que continuou a crescer em 2023.


O comunicado afirma ainda que “apesar de décadas de alertas da comunidade científica, de milhares de páginas de relatórios e de dezenas de conferências sobre o clima, ainda estamos caminhando na direção errada”.

O secretário-geral da organização, Petteri Taalas, afirmou:
“Essa mudança climática não é apenas uma questão de temperatura, mas, sim, uma mudança mais ampla e em toda a atmosfera. Praticamente todo o planeta sentiu um aumento de ondas de calor, cerca de metade tem enfrentado um aumento de inundações e um terço assistiu a um aumento de eventos de seca. E esta tendência negativa vai continuar até 2060”.
 
Eventos climáticos extremos colocam em risco a sobrevivência humana, principalmente quando eles se intensificam ou são mais frequentes. Um outro estudo, divulgado pela revista científica “The Lancet” prevê que as mortes por calor extremo devem aumentar quase cinco vezes até 2050. O estudo envolveu mais de 100 pesquisadores e combinou dados de agências da ONU com 52 centros de pesquisa.

Com essas informações, cientistas alertam que ao longo dos próximos anos as secas também devem aumentar, deixando milhões de pessoas sob risco de morrer de fome e facilitando que mosquitos viajem pra mais longe transmitindo doenças.

Fonte: G1

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