“Precisamos investir em comunicação e atuar com unidade para mostrar que o setor de biodiesel é responsável por desenvolvimento sustentável, com crescimento da economia e geração de emprego verde”. Esta foi a posição de Francisco Turra, presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), no painel “Os grandes desafios do Biodiesel em 2022”, nesta segunda-feira (08/11), primeiro dia do Congresso Biodieselbr 2021.
“Somos protagonistas e exemplo concreto de qualidade, de defesa do meio ambiente, da saúde e da alimentação – uma solução concreta para a descarbonização da matriz de transporte, uma demanda mundial imediata”, explica Turra.
Essa foi a mesma opinião do deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar Mista de Biodiesel (FPBio), manifestada durante o evento: “As organizações representativas do biodiesel precisam estar absolutamente unidas em seu discurso e em sua postura, de modo a construir uma linha defensiva ainda mais forte”.
Ele reconheceu que este é “o momento mais difícil da história do biodiesel no Brasil”, fragilizado por uma série de medidas. Mas, ele enfatizou que a FPBio reúne parlamentares compromissados com o setor e com o agronegócio com grande “força política e capacidade de articulação” e que estão trabalhando “ao máximo para solucionar cada um dos problemas do setor de biodiesel, elencando as prioridades”.
Juan Diego Ferrés, Presidente da Ubrabio, e André Nassar, Presidente Executivo da Abiove, destacaram durante o painel a importância de se rever aspectos críticos do novo Modelo de Comercialização de Biodiesel, além de chamar atenção para o impacto que o setor sofreu neste ano, com a forte redução do mercado, e da soja exportada sem processamento, o que não agrega valor ao produto e não trás emprego e investimento no Brasil.
Symone Araújo, Diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), explicou os desafios da Agência com foco em sua missão de proteger o consumidor de combustíveis por meio da atenção aos aspectos de preços, de qualidade e de abastecimento. “Nosso índice de eficiência em todos os combustíveis é de 97 e 98%, o que não perde pra nenhum produto nessa área no mundo”, analisou Symone Araújo. “Nossas especificações são uma das mais exigentes do mundo”, completou.
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