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07 dez 2020 - 09:20
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Modelo baixo carbono atrai investidor

Quanto mais rápido as empresas de petróleo e gás se moverem rumo à economia descarbonizada, mais vantagens competitivas terão. Adequar-se ao novo paradigma é um enorme desafio, mas a boa notícia é que os investidores estão cada vez mais interessados em companhias que apostam na transição para modelos sustentáveis.


Para Michel Frédeau, diretor de liderança climática global do Boston Consulting Group (BCG) o momento atual é “bastante positivo”, a começar pelo compromisso da China com o Acordo de Paris. A Europa tem a meta de se transformar no primeiro continente climaticamente neutro até 2050 e estima investir cerca de 1 trilhão de euros (R$ 6,24 trilhões) na transição pelos próximos dez anos. Segundo pesquisa do BCG sobre o tema, 87% dos entrevistados esperam uma ampliação do foco ambiental pelas corporações privadas.


Os investidores também apostam nisso. Entre fevereiro e abril, já durante a pandemia, as ações de empresas sustentáveis tiveram desempenho médio 4,8% superior às das demais. A campanha “Corrida para o Zero”, das Nações Unidas (ONU), já conta com a adesão de 1.101 empresas. Outras 1.074 se comprometeram com a iniciativa SBT, sigla em inglês para Metas Baseadas na Ciência, e 326 aderiram à campanha da ONU para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais.


“A transição para uma economia de baixo carbono será uma oportunidade massiva de investimento na área”, avalia o ex-vice-presidente da Blackrock, Mark Wiseman. Ele lembra que o capital para financiar essa transição tem de custo relativamente baixo, mas os investidores demandam que os projetos façam sentido do ponto de vista econômico: “No fim do dia, o que importa é o valor criado”, pondera.


O executivo ressalta a importância de planejar investimentos em metas de longo prazo para a redução de emissões, da mesma forma que as empresas projetam faturamento e lucro.


Outro aspecto importante, na sua avaliação, é o aperfeiçoamento de métricas para facilitar tanto a avaliação do desempenho corporativo quanto a comparação entre pares. Para Wiseman, o debate sobre acreditar ou não nas mudanças climáticas tornou-se irrelevante: “Consumidores e investidores demandam mudanças”, afirma o executivo de negócios. A Blackrock, com sede em Nova York, Estados Unidos, é a maior empresa de gestão de ativos do mundo.


A Dalmia Cement tem como meta atingir, até 2040, emissões negativas de carbono, segundo o seu presidente, Mahendra Singhi. O conglomerado fabricante de cimento com sede na cidade de Nova Déli, na Índia, é a primeira companhia do segmento no mundo a aderir ao ER-100, iniciativa global de transição para o uso de eletricidade renovável em 100% dos processos produtivos, incluindo as fontes eólica, solar, biomassa e hidráulica; e ao EP-100, que promove o uso mais eficiente de energia.


O processo se dará simultaneamente ao esforço da empresa indiana para a ampliação gradativa da capacidade de produção. Para isso, o plano é investir US$ 421,6 milhões em aquisições e novas tecnologias de captura de carbono, com a sua compressão em estado líquido e bombeamento ao subsolo, onde será armazenado por longo prazo.


Entre as alternativas em exame para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, incluem-se o uso de biocombustíveis alternativos como bambu e biomassa. Na avaliação de Andrew Gould, ex-CEO da Schlumberger, os sistemas energéticos globais têm como características a extrema complexidade e a integração. Por isso, a mudança para um modelo de economia descarbonizada demanda o esforço de trabalhar com cronogramas. “Os investidores inteligentes estão se dando conta de que não se pode simplesmente desligar a tomada, é necessário haver uma transição no modelo”, afirma Gould. O executivo lembra que as tecnologias para medir a concentração de carbono estão bastante evoluídas, mas disse não acreditar que o público e os governos irão aceitar métricas que venham apenas da indústria.


Na sua opinião, o uso do gás pode dar uma contribuição importante para a descarbonização das indústrias. Maior prestadora de serviços de petróleo do mundo, a Schlumberger emprega cerca de 126 mil pessoas e tem atuação em 85 países. A empresa já desenvolveu mais de 60 projetos de captura e armazenamento de carbono.


Fonte: Valor

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