Com o objetivo de articular os vários segmentos interessados na transição energética do transporte aeroviário, representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) participaram na quarta-feira, 30.8, do 1º Fórum Regional de Discussão sobre a Transição Energética da Aviação, em São Paulo.
Estiveram presentes o secretário substituto de Transição Energética e Planejamento (SNTEP), Leandro Albuquerque, e o diretor da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (SNPGB), Marlon Arraes.
O secretário substituto da SNTEP destacou que o plano de Transição Energética terá um foco importante na redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) em setores de difícil descarbonização. “O setor de transportes responde por 50% das emissões da matriz energética e 4,6% das emissões desse setor são referentes aos combustíveis de aviação”, explicou.
Albuquerque destacou, ainda, que o MME está atuando de forma integrada no âmbito do governo para a construção da política nacional de transição energética, coordenando com as ações do PAC, da política industrial no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) nos desdobramentos das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC). “O plano de transição energética terá um olhar transversal e conjugará esses esforços para descarbonização do setor energético”, pontuou.
Para o diretor de biocombustíveis do MME, Marlon Arraes, os combustíveis renováveis, incluindo o combustível sustentável de aviação (SAF), têm potencial de incentivar a concorrência no setor de produção, flexibilizar as escolhas dos consumidores, além de contribuir para a transição energética e beneficiar os consumidores de transporte aéreo.
“Além do RenovaBio, já em pleno funcionamento, o projeto de lei do Combustível do Futuro trata de diversos temas que também convergem para a descarbonização da matriz energética de transporte do Brasil e para o incremento da eficiência energética dos veículos. Tudo isso se alinha à recente escolha do Brasil como país líder no tema transição energética no diálogo de alto nível das Nações Unidas sobre energia”, destacou Arraes.
O painel foi moderado pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira e envolveu o desenvolvimento, produção e distribuição de SAF.
Combustível do Futuro
Segundo o MME, o programa Combustível do Futuro tem como objetivo propor medidas para incrementar o uso de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, além da aplicação de tecnologia veicular nacional, com biocombustíveis, para maior descarbonização da nossa matriz de transporte.
A iniciativa conta também com importantes diretrizes. Dentre elas, a coordenação interinstitucional e a integração de políticas públicas relacionadas ao setor automotivo e de combustíveis, como o RenovaBio, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Rota 2030 e o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet).
Ainda de acordo com o ministério, outra importante diretriz do Combustível do Futuro é a avaliação da eficiência energético-ambiental por meio da análise do ciclo de vida completo do combustível, para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.
Fonte: Nova Cana
Petrobras terá de comprovar conteúdo renovável do coprocessado, diz relator do combustível do futuro
Be8 assina contrato com empresa indiana para construção de planta em Passo Fundo
Engenheiro de bioprocesso e técnico em etanol: veja carreiras em alta no setor de biocombustíveis