O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, visitou as instalações da usina de biodiesel da Be8, localizada em Domdidier, na Suíça. A visita ocorreu nesta sexta-feira (19/01) e marca o encerramento das agendas focadas na transição energética apresentadas pelo ministro durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
A unidade produz biodiesel de segunda geração a partir de óleo de cozinha usado (UCO). Durante a apresentação dos processos industriais da planta de Domdidier, Silveira elogiou a operação, que abastece veículos com até 100% do biocombustível (B100).
“Hoje vivenciei uma experiência que traz muitos ensinamentos para nós do Brasil. Acompanhei o abastecimento de um caminhão de grande porte com 100% de biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha usado aqui na Suíça, ao lado das instalações de uma empresa brasileira e junto com autoridades locais. É um subproduto que agora vira combustível sustentável, que abastece totalmente um veículo de transporte pesado. Isso reforça todas as potencialidades brasileiras no campo da produção de biocombustíveis, com a diversidade de nossas matérias-primas, que vão desde oleaginosas oriundas da agricultura familiar, passando por grãos, até resíduos da indústria de proteína. Nossa qualidade e competitividade de custos de matérias-primas nos estimula a estabelecer a meta de exportar nossos biocombustíveis produzidos no Brasil para os países da Europa no curto prazo, gerando emprego no Brasil. É bom para a economia, para o meio ambiente e para a saúde. É o Brasil liderando a transição energética global”, disse Silveira.
Na experiência do país europeu, a produção também tem um papel local importante, pois oferece a solução ambiental adequada e aproveitamento energético ao óleo usado. Seguindo a exigência da legislação local, a planta utiliza exclusivamente como matéria-prima o UCO de canola e, em menor proporção, de girassol recolhidos nas residências, restaurantes e empresas.
Biodiesel brasileiro
Recentemente, o percentual da mistura de biodiesel ao diesel fóssil passou de 12% para 14%. Com o crescimento da demanda por biodiesel, estima-se a geração de cerca de 14 mil empregos no Brasil até 2024, além de aumentar a segurança energética nacional, com a redução de importações de 2,4 bilhões de litros de diesel A.
O aumento da demanda de matéria-prima, sobretudo da soja, será de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.
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