O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta segunda-feira (26/8), a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), com expectativa de atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos.
Esses recursos incluem novos projetos de energia elétrica renovável, combustíveis de baixo carbono e exploração de minerais estratégicos à transição energética, como lítio.
A PNTE foi lançada em reunião com a presença do presidente Lula (PT). Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a política estabelece as diretrizes que irão nortear a estratégia brasileira para a transição energética.
A intenção é deixar clara a ambição brasileira para sua matriz energética, em um esforço para posicionar o país nas discussões globais – levando em conta que Belém, no Pará, recebe em 2025 a principal conferência sobre mudanças climáticas.
“Vamos protagonizar, no mundo, a nova economia – a economia verde. São R$ 2 trilhões em investimentos, são 3 milhões de empregos para brasileiras e brasileiros. É energia eólica, solar, hídrica, biomassa, biodiesel, etanol, diesel verde, captura e estocagem de carbono, combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).
Ainda de acordo com Silveira, a PNTE pretende integrar políticas e ações governamentais para uma transição “justa, inclusiva e equilibrada”.
Fonte e Plante
A política terá dois instrumentos centrais para sua implementação. Com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), o governo pretende incluir a sociedade nas discussões, a partir de consultas a agentes públicos e privados.
“O Fonte será um espaço ativo, político-democrático, de diálogo, escuta e acolhimento de proposições dos membros para desenvolvimento de um projeto de transição energética justa e inclusiva”, descreve o MME em nota.
Os membros do Comitê executivo deverão ser definidos por portaria em até 30 dias, enquanto os membros do Plenário deverão ser designados em 90 dias.
As reuniões serão quadrimestrais e, anualmente, o Fonte apresentará recomendações ao CNPE.
Já o Plano Nacional de Transição Energética (Plante) é um plano de ação para a política energética, que deverá ser articulado com outras iniciativas do governo Lula, como PAC, Plano Clima, Nova Indústria Brasil e o Pacto pela Transformação Ecológica.
A minuta ainda será consolidada e colocada em consulta pública.
Elaborado pelo MME, com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Internacional de Energia, do BNDES e da FGV, o Plante está sendo estruturado com base em dois eixos: setorial e transversal
Enquanto o eixo setorial aborda indústria, transportes, setor elétrico, mineral e petróleo e gás natural, o eixo transversal foca marcos legais e regulatórios, combate à pobreza energética e desigualdades e ambiente atrativo para investimentos.
Fonte: epbr
Biocombustível de macaúba terá preço competitivo com do fóssil, diz diretor da Mubadala
Mercado de carbono é aprovado após acordos com agro, térmicas e distribuidoras
Na COP 29, Alckmin projeta Brasil como protagonista da nova economia global