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27 mar 2023 - 11:07
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Goiás se torna 2º produtor de biodiesel do País em 2022

O recente anúncio do aumento da mistura de biodiesel no diesel de 10% para 12% a partir de abril indica aumento na demanda, o que trará novas oportunidades para Goiás, que se tornou o segundo maior produtor nacional de biodiesel em 2022. O estado produz 1,1 bilhão de litros do biocombustível, o equivalente a 17,7% de todo volume produzido no País,  mesmo utilizando apenas 50% de sua capacidade instalada ainda.

O aumento do porcentual da mistura de biodiesel no diesel foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 17 de março. Haverá um aumento gradativo da 
mistura, que subirá inicialmente dois pontos porcentuais e a partir daí, um ponto porcentual por ano, até atingir os 15% em abril de 2026. Com isso, a estimativa do Ministério das Minas e Energia (MME) é que a produção nacional de biodiesel passe dos atuais 6,2 bilhões para mais de 10 bilhões de litros anuais até 2026. Além disso, está prevista a redução da importação  de 1,3 bilhão de litros de óleo diesel em 2023 e de 4 bilhões de litros em 2025.

Goiás conta, hoje, com nove unidades produtoras de biodiesel em produção, que somaram uma capacidade instalada 2,2 bilhões de litros em 2022, segundo dados da União Brasileira  do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). A produção goiana registrou um crescimento acumulado de 83% entre 2012 e 2022.

Uma das indústrias é o Grupo Cereal, de Rio Verde, que tem capacidade para produzir 600 mil litros de biodiesel por dia e fabrica 150 milhões de litros anuais. O presidente da empresa,
Adriano Barauna, conta que o grupo, no mercado há 42 anos, produz óleo e farelo de soja desde 2001. A fabricação de biodiesel começou em janeiro do ano passado, num processo de verticalização da produção. O óleo de soja, que inicialmente era vendido para refinarias de óleo de cozinha, hoje se transforma no biocombustível. “Observamos que há uma crescente demanda por biodiesel”, justifica.

Um dos motivos é a crescente preocupação com a poluição ambiental na queima do combustível fóssil, que se reduz com a adição do combustível de fonte sustentável. Outra vantagem  do biodiesel, segundo o presidente do Grupo Cereal, é a geração de empregos. Só na empresa, são mil colaboradores. Isso porque as principais matérias-primas utilizadas em Goiás são a soja e a gordura animal, adquiridas de um grande número de produtores, inclusive da agricultura familiar.


“A produção de biodiesel emprega muita gente do interior”, destaca Adriano. Outro benefício, segundo ele, é a grande produção de farelo de soja, muito utilizado na produção de ração animal. “Quanto mais farelo se produz, mais se reduz o custo da ração e, consequentemente, das carnes para a população em geral”, afirma o empresário. Além de vender o farelo para outras indústrias, o Cereal também produz ração.

Ele conta que a indústria ainda não atingiu sua capacidade máxima de produção porque está ampliando o esmagamento de soja. Adriano estima que, este ano, a produção deve crescer 
cerca de 10% em relação a 2022. “Este é um mercado potencial e que o Brasil ainda deve explorar mais por vários fatores como os benefícios ao meio ambiente, questões sociais, como geração de renda, e a necessidade de redução na importação de diesel”.


O presidente do Grupo Cereal observa que para cada ponto porcentual de aumento na mistura, é previsto um incremento de 3 milhões de toneladas na demanda por soja, cuja produção  está em cerca de 17 milhões de toneladas no Estado. “A oferta de matéria-prima não deve ser problema para a produção”, prevê Adriano.


A Caramuru Alimentos já é a sexta maior produtora de biodiesel do Brasil. A produção é feita em três unidades no País, duas delas em Goiás, nos municípios de São Simão e Ipameri,  cada uma com capacidade instalada de 225 milhões de litros anuais, e a terceira em Sorriso (MT).

A coordenadora de Biodiesel da Caramuru, Janaina Oliveira Lemes, lembra que as duas plantas já eram esmagadoras de soja antes de produzirem biocombustível. “Já tínhamos um 
excedente produtivo e vendíamos o óleo bruto para outros fins. Com o biodiesel, aumentamos a agregação de valor no estado.”

Segundo ela, a produção veio crescendo nos últimos anos, com a indústria trabalhando próximo de sua capacidade produtiva total. Com a boa localização das duas unidades goianas,
atualmente a indústria de São Simão atende tanto Goiás quanto a região Sudeste, enquanto a planta de Ipameri atende as regiões Sudeste e Nordeste e a microrregião.


A coordenadora da Caramuru informa que a empresa tem um plano de ampliação da capacidade de produção do óleo de soja em geral, também usado para a produção de biodiesel na unidade de Ipameri, mas ainda sem perspectiva de aumento na fabricação do biocombustível. Com isso, o número de empregos gerados na unidade deve subir de 219 para 251. Com o  aumento da mistura do biodiesel no diesel e a recuperação do mercado de óleo diesel, após um desaquecimento provocado pela pandemia, Janaína acredita que o País caminhe para  alcançar sua capacidade atual de produção, que hoje poderia atender uma mistura de 20%.


Outra grande indústria produtora de biodiesel em Goiás é a Granol, que conta com uma unidade produtora em Anápolis. O gerente administrativo da unidade, Osmar Albertini, lembra  que a indústria iniciou a produção com uma capacidade de 300 mil litros por dia. Mas, neste momento opera, aproximadamente, com 1,050 milhão de litros diários. A indústria está em  processo de licenciamento por parte na Agência Nacional de Petróleo (ANP) para operar com até 1,550 milhão de litros por dia de biodiesel.


“Em quinze anos, quintuplicamos nossa capacidade, mas em poucos momentos foi possível aproveitar todo potencial da nossa estrutura por conta de muitos percalços nestes anos. Com o vai e volta do porcentual de adicionamento, mudanças de regras, alterações de legislação”, lembra Osmar Albertini. Por conta destes percalços citados por ele, a produção goiana chegou a registrar quedas nos anos de 2013 e 2016.


Fonte: O Popular

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