O novo presidente assume o lugar do empresário Erasmo Carlos Battistella. Posse será no próximo dia 30 de junho, em cerimônia em Brasília.
O ex-ministro da Agricultura, Francisco Sérgio Turra, é o novo presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO). A escolha foi definida em Assembleia das Associadas na tarde desta da quinta-feira (17/06), data em que a associação celebra dez anos de história.
"Com muita honra e responsabilidade recebo a missão de presidir o Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil. O biodiesel está no centro de uma cadeia produtiva que emprega mais de 1,5 milhão de pessoas no Brasil: são agricultores familiares, produtores rurais, agroindústrias de extração de óleo vegetal, indústrias de insumos químicos, entre outros”, disse Turra.
"Com esforços de empreendedores, pesquisadores e autoridades, o Brasil desenvolveu uma cadeia altamente qualificada, tornando-se líder global em biocombustíveis. Isso demonstra como é possível conciliar crescimento econômico com sustentabilidade, apontando os caminhos para um futuro melhor para todos. Preservar a força do biodiesel é essencial para o Brasil trilhar um caminho seguro no rumo do desenvolvimento sustentável, reforçando sua vocação essencialmente agrícola", completou.
O advogado e comunicador foi prefeito de Marau, no estado do Rio Grande do Sul, bem como deputado estadual e federal, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), assume o lugar de Erasmo Carlos Battistella. Alberto Borges de Souza, da Caramuru, será o vice-presidente.
Uma década fortalecendo o biocombustível nacional
Battistella encerra a primeira década da APROBIO com o sentimento de dever cumprido e grato a todos os que junto com ele buscaram reforçar o setor: associadas, governos federal, estadual e municipal. “É com um sentimento de muita felicidade, que entrego a presidência da Associação ao ex-ministro Francisco Turra. Tenho certeza que com sua expertise, continuaremos crescendo e trilhando um caminho de sucesso na busca de um futuro mais verde e com o biodiesel brasileiro cada vez mais forte”, diz.
Fundada em 2011, a APROBIO celebra grandes conquistas no período. Um dos principais resultados desse trabalho se refletiu no crescimento do mercado que, há dez anos, respondia apenas por 5% (B5) de mistura mínima ao diesel e, hoje, é três vezes maior com o marco regulatório aprovado que estabelece 15% de mistura em 2023. Esses números se traduzem em um ar melhor para as cidades e em mais emprego e desenvolvimento no campo.
Somado ao ganho ambiental, o trabalho da Associação ajudou a transformar o biocombustível em uma potência econômica, elo de uma importante cadeia, que começa na plantação dos grãos, envolve a oferta de farelo e impacta positivamente a produção de proteínas, contribuindo para redução dos preços de carnes, ovos e produtos lácteos, gerando emprego, investimento e divisas para o país.
A APROBIO, além de manter seu compromisso com o fortalecimento do setor, também comemora o avanço no desenvolvimento da qualidade do biodiesel brasileiro, que é considerado o melhor do mundo. A Associação está trabalhando na certificação de suas usinas associadas com o Selo APROBIO de Qualidade - Biodiesel Super A – que cobra parâmetros mais rigorosos no nível da especificação de um produto que já é ótimo.
Sobre a APROBIO
A entidade faz a representação corporativa e institucional dos produtores de biocombustíveis do país e dissemina conhecimento, estudos, pesquisa e informação relevante sobre as fontes alternativas de energia em substituição aos combustíveis fósseis.
As associadas são empresas de capital nacional que atuam no setor de produção de biodiesel e outros biocombustíveis. O biodiesel brasileiro é um produto consolidado na matriz energética nacional, com um importante papel na substituição de combustíveis fósseis, na geração de emprego e renda no campo e na industrialização e agregação de valor nas cadeias produtivas de suas matérias-primas.
Desde a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), em dezembro de 2004, o Brasil tornou-se o segundo maior produtor e consumidor mundial de biodiesel, assumiu compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa no Acordo de Paris (COP-21) e instituiu a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), um dos maiores programas do mundo de transição de matriz energética e uso de fontes alternativas em substituição aos combustíveis fósseis.
A APROBIO participa ativamente de grupos de trabalho para melhoria da qualidade dos biocombustíveis, formulação e implementação de políticas públicas, marcos regulatórios e fomentos ao setor, entre outras vertentes. Também faz parte do escopo de articulação da entidade o fortalecimento institucional da representatividade setorial, contribuindo, por exemplo, com a formação da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, criada no Congresso Nacional em 2011 e renovada nas duas legislaturas seguintes, em 2015 e em 2019.
Petrobras desiste de vender subsidiária de biodiesel e busca parceiros para operação
Bancos brasileiros perdem pontos e falham em suas politicas para combater as mudanças climaticas