A expansão da malha de dutos e terminais da Transpetro nos próximos anos vai ter um “olhar cuidadoso” para os biocombustíveis e para o crescimento do consumo de combustíveis na região Centro-Oeste, segundo o diretor de Dutos e Terminais, Márcio Guimarães.
A empresa está concluindo a elaboração do plano de investimentos para o período de 2025 a 2029, que terá projetos de ampliação da infraestrutura.
“Nossa intenção é não só modernizar os nossos ativos, a nossa malha, mas expandi-la também”, disse em entrevista à agência epbr.
A Transpetro inaugura, nesta sexta-feira (5/7), a maior obra de engenharia de dutos terrestres do Brasil nos últimos dez anos, a substituição integral do Oleoduto Paulínia-São Paulo (Opasa 16), em São Paulo (SP).
Com investimento de R$ 465 milhões, a empresa substituiu 68 quilômetros de tubos do ativo que liga a Refinaria de Paulínia (Replan) ao Terminal Terrestre de Barueri. As obras vão ampliar em 60% a capacidade do duto e buscam atender ao aumento na produção planejado da Replan nos próximos anos.
O Opasa é contratado pela controladora da Transpetro, a Petrobras, para transportar óleo combustível da Replan até Barueri, de onde segue para o Terminal de Cubatão e para o Porto de Santos.
Os 200 milhões de litros movimentados por mês são usados sobretudo para a produção de combustível marítimo, o bunker, para abastecer navios em Santos. Parte do volume também é consumido por indústrias, além de seguir por cabotagem para outros estados do país.
“Esse tipo de obra remove gargalos na produção de derivados do nosso país”, explicou o diretor.
Guimarães ressalta que o objetivo da Transpetro é fazer com que a logística não seja um gargalo produtivo na indústria, seja para a produção de combustíveis fósseis ou de biocombustíveis.
Hoje, a companhia opera 27 terminais aquaviários, 21 terminais terrestres e 8,5 mil quilômetros de dutos, além de 33 navios. Parte dos dutos é dedicado ao transporte de etanol e de diesel com conteúdo renovável.
A ampliação nos próximos anos deve mirar sobretudo o Centro-Oeste, dado o aumento do consumo de diesel com a expansão do agronegócio, como também o crescimento da produção de biocombustíveis na região.
“Para uma empresa de logística, esse fluxo nos dois sentidos é muito interessante operacionalmente”, explicou.
Os projetos para transporte de biocombustíveis estão em diferentes graus de maturação dentro da empresa.
Segundo o diretor, a expansão da malha vai buscar levar a companhia a ser líder também na movimentação de moléculas renováveis.
“A gente vê muita sinergia, muita utilização e nos entendemos capazes tecnicamente de fazer essa transição”, disse.
Fonte: epbr
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