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09 fev 2022 - 10:25
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Estiagem e visão solidária de mercado

*Artigo de Francisco Turra, Presidente do Conselho de Administração da APROBIO

“Quem trabalha com as mãos é um artesão. Com a mente, é um cientista. Com o coração, é um artista. Mas quem trabalha com as mãos, a mente e o coração é um agricultor”.


Imaginem comemorar uma safra, em plena pandemia, que rendeu ao Brasil R$ 1,1 trilhão de reais. Esse foi o valor estimado da produção agropecuária de 2021. Dinheiro no cofre do tesouro, nas lojas, nas indústrias, em todos os setores. Produto abundante na mesa do consumidor. Uma boa colheita é dádiva de Deus, além de fruto do trabalho e cuidado do produtor rural. Não era por outra razão que os antigos comemoravam as colheitas com grandes festas, muitas delas celebradas até hoje, como as vindimas.


Avançamos muito nos últimos anos. Mas se o Brasil agregasse mais valor à produção primária, o resultado poderia ser multiplicado por quatro, cinco vezes. Em lugar de exportar sacas de café e importar aquelas cápsulas prontas, faríamos os dois. O frango é outro bom exemplo. Duzentos gramas de nuggets equivalem ao preço de um animal inteiro. Resumo: somos fortíssimos no agro, mas podemos ser ainda mais.


Voltemo-nos agora para o cenário atual: estiagem severa no sul do país, chuva em excesso em outros estados. Lavouras de milho, de soja e até de arroz sem água ou condições sequer para silagem. Dificuldade maior para nós, gaúchos, porque não teremos insumos para alimentar aves, suínos e gado leiteiro, entre tantas outras consequências. Efeitos em cascata no preço e na renda do produtor.


Durante a abundância, o produtor tem muitos sócios: bancos, indústrias de  máquinas, implementos, insumos. Porém, agora, na dor e sofrimento da estiagem, é hora da contrapartida — apoiar o agricultor para que possa recuperar-se e retomar a confiança. Inclusive aliviar cobranças ordinárias e práticas convencionais, para que a roda volte a girar. Sem voracidade, oportunismo ou prática predatória. 


Precisamos compreender que a economia — e especialmente o agro — gira em círculos cooperativos. Vale para governos, fornecedores, grandes players e demais atores da cadeia produtiva. Trata-se de consciência pública e também consciência privada. Não é uma percepção sonhadora, mas apenas uma visão solidária e humanista de mercado — como tem que ser. Inclui um olhar de caridade, sim, mas também de inteligência estratégica do negócio. Todos cuidando do todo.


A sagrada missão de produzir precisa ser protegida pela sociedade em uma perspectiva de bem comum. E quando ela enfrenta intempéries climáticas, não é um problema apenas do agricultor, mas de todos nós. É tempo de soerguer a economia, meus amigos. E precisamos fazer isso juntos!

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