Baseada nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Governança Socioeconômica e Ambiental (ESG) tem sido adotada no mundo como visão de planejamento para melhoria contínua na gestão, à medida que os países e empresas trabalham para inovar em ciência e tecnologia, concorrer melhor e combater as mudanças climáticas, especialmente com a matriz energética limpa - tema que pautou a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27).
Segundo o "Global Green Skills Report 2022", a parcela global de "empregos verdes" na força de trabalho aumentou de 9,6% em 2015 para 13,3% em 2022 (uma taxa de crescimento de 38,5%). Muitas funções fora do setor tradicional precisam agora de habilidades ecológicas e estão sendo criadas em velocidade sem precedentes. Somente no setor de energias limpas, prevê-se a criação de 25 milhões de empregos diretos nesta década.
No Brasil, só a energia solar já trouxe mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados desde 2012 - além de diminuir a emissão de CO2 no valor equivalente de R$ 23,6 milhões.
Dados do estudo:
- Postos de trabalho relacionados à energia fotovoltaica são os mais numerosos e estão crescendo mais rápido: em 2012, havia 1,4 milhão de empregos no setor e, em 2021, esse número foi de 4,3 milhões;
- Vagas na área de bioenergia aumentaram 1 milhão entre 2012 e 2021, chegando a 3,4 milhões;
- O número de empregos em hidrelétricas cresceu de 1,7 milhão em 2012 para 2,4 milhões em 2021.
Segundo a Universidade de São Paulo (USP), o Brasil tem, atualmente, mais de 6,5 milhões de empregos ligados a setores ambientais, como os que gerenciam os recursos hídricos, esgoto e resíduos, silvicultura e transporte. Somados, já representam mais de 6% do total de empregos no País.
A energia solar alcançou, no Brasil, 23,9 GW de capacidade instalada, sendo agora a segunda maior fonte da matriz energética no País. Sozinho, diminuindo a emissão de CO2 no valor equivalente de R$ 23,6 milhões, o setor já captou mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, promoveu a arrecadação de R$ 22,8 bilhões aos cofres públicos e criou mais de 479,8 mil empregos desde 2012.
Investimentos globais em fontes renováveis, aliados a incentivos especiais, têm representado um grande impulso para o aumento de uma economia de baixa emissão de carbono, reduzindo impactos ambientais. Os benefícios recém-identificados podem representar, no Brasil, um aumento de mais de 2 milhões de empregos até 2030, o quádruplo dos existentes na indústria brasileira de petróleo e gás.
Nos Estados Unidos, o número de empregos verdes aumentou 237% nos últimos cinco anos. Se a China se concentrar em esforços verdes, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, poderá gerar US$ 1,9 trilhão em receita anual adicional e criar 88 milhões de empregos até 2030. A União Europeia, que reservou € 55 bilhões para a adoção de atividades mais sustentáveis, o domínio de emprego verde está na gestão de energia (35%), seguido por gestão de resíduos (28%), proteção ambiental (21%) e águas residuais (13%).
Fonte: A Tarde
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