Maior participação na matriz energética ajudaria a evitar 21 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera até 2050. No caso da energia eólica, estudo afirma que participação na matriz brasileira precisa sair dos atuais 9% para 27% em 2050. A participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira precisa crescer 52% para que o país consiga atingir a meta de zerar as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) até 2050. É o que mostra um relatório da CDP América Latina desenvolvido com base em estudos do Laboratório Cenergia da Coppe-UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
A projeção se refere a uma expansão das fontes renováveis na oferta interna dos atuais 48% para 73%.
Segundo o estudo, o consumo de gás natural aumenta no cenário NetZero (emissões zero) em 2050, se comparado ao cenário de referência em 2020, porque conta com uma maior penetração de fontes intermitentes, como solar e eólica. Assim, é necessário o uso de usinas termelétricas a gás natural de ciclo aberto –ou seja, com operações flexíveis, apenas mediante demanda do setor elétrico– para compensar a intermitência na geração. O consumo sairia de cerca de 5 milhões de metros cúbicos por dia para pouco mais de 6 milhões.
Segundo o documento, essa medida, dentre outras, ajudaria o país a evitar que 21 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente fossem lançados na atmosfera.
O estudo indica, ainda, que, do lado do agronegócio, é preciso que o país aumente a participação dos sistemas integrados e agroflorestais –nos quais há áreas de floresta nativa– dos 7 milhões de hectares, previstos no cenário de referência, para cerca de 18,3 milhões de hectares.
Em relação aos transportes, o estudo afirma que o setor deve reduzir suas emissões em 36% até 2050 para atingir zerar as emissões de GEE. Para isso, aponta como duas principais estratégias a serem adotadas: a eletrificação progressiva de veículos leves; e a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, principalmente em veículos pesados, como ônibus e caminhões.
Fonte: Poder 360
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