HOME
ASSOCIAÇÃO
QUEM SOMOS
ASSOCIADAS
LEGISLAÇÃO
SELO COMBUSTÍVEL SOCIAL
RENOVABIO
ESTUDOS TÉCNICOS
PNPB
LEGISLAÇÃO
MERCADO
SUSTENTABILIDADE
NOTÍCIAS
VÍDEOS
CONHECA O BIODIESEL
CONTATO
NOTÍCIA
02 out 2024 - 15:45
COMPARTILHAR
Compartilhar - Linkedin
Compartilhar - Facebook
Compartilhar - Twitter

Empresas buscam soluções para cortar emissões

Todos os dias, cerca de 10 mil toneladas de resíduos do Rio de Janeiro e de cidades vizinhas são despejadas no aterro sanitário da Ciclus Rio, localizado em Seropédica, na Baixada Fluminense. Equipado com tecnologia para drenar e tratar os gases emitidos pela decomposição do lixo, o aterro hoje é responsável por 10% da produção de biogás de todo o Brasil.


Ali operam duas unidades de produção de biometano, com capacidade para gerar 160 mil metros cúbicos do combustível por dia, fruto de uma parceria com a Gás Verde, empresa do grupo Urca Energia. Armazenado em cilindros e distribuído por carretas-tanque, o gás natural de origem renovável tornou-se, assim, uma aposta de diversas indústrias da região para descarbonizar seus processos produtivos.


O biometano reduz em 99% as emissões de gases de efeito estufa em comparação aos combustíveis de origem fóssil, e pode ser utilizado em processos industriais e no abastecimento de frotas, substituindo diesel, GLP e óleo combustível, entre outros. Mais do que o fator custo, a questão ambiental é hoje o principal motivador da busca pelo biogás.


“Há uma corrida por soluções eficientes de descarbonização, especialmente entre as multinacionais. Elas têm metas ambiciosas de redução de emissões, muitas das quais antecipadas para 2030 e 2035”, afirma Marcel Jorand, CEO da Gás Verde.


Hoje, a empresa é responsável pelo fornecimento à fábrica da Ambev em Cachoeiras de Macacu, primeira cervejaria do país 100% movida a biometano, e também para outras grandes indústrias, como Ternium, Vesuvius, Saint-Gobain e L'Oréal. Movida pelo aumento da demanda pelo combustível, a Gás Verde planeja aumentar a produção dos atuais 160 mil m3 /dia para 500 mil m3 /dia a partir de dez novas plantas em aterros sanitários em seis Estados.


A pressão pela descarbonização das cadeias produtivas tomou impulso com avanços regulatórios, especialmente a partir da assinatura do Acordo de Paris, em 2015, com os compromissos de quase 200 países para evitar que a temperatura média global suba mais de 1,5°C até o final do século. Ao assumir metas climáticas com horizontes entre 2030 e 2050, o setor empresarial tornou-se um ator importante na mitigação do carbono, mas enfrenta barreiras tecnológicas e de custos. Isso tem forjado a criação de hubs e iniciativas para fomentar a descarbonização.


Um exemplo é a Plataforma Net Zero, lançada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), para ajudar as empresas em suas estratégias climáticas. Disponível gratuitamente em meio digital, permite a empresas de todos os portes e setores realizar um diagnóstico, planejar ações e até estimar custos para a descarbonização. A adesão é maior por parte de grandes empresas, que buscam engajar as cadeias de fornecedores. “Este é um grande desafio das empresas no mundo todo, porque as cadeias de valor são globais. Há também uma ausência de referências robustas de descarbonização locais, que representem as especificidades de operar no Brasil”, diz Viviane Romeiro, diretora de clima, energia e finanças sustentáveis do Cebds.


A partir da percepção de que existem graus diferentes de adesão das empresas a iniciativas de redução das emissões, a Amcham Brasil decidiu criar, há um ano, o hub de descarbonização, capitaneado por cinco grandes companhias - ArcelorMittal, Citi, KPMG, Bayer e Ingredion. A ideia é atuar como um centro de colaboração entre empresas, startups, universidades e centros de pesquisa para auxiliar as companhias a encontrar soluções práticas para seus negócios, a partir de tecnologias como biogás, biomassa, fontes renováveis e agricultura regenerativa, aplicáveis de acordo com porte e segmento.


“A grande dor da descarbonização é que a empresa não faz sozinha, por isso é preciso unir forças para catalisar a solução de um problema comum a todas”, afirma Marcelo Rodrigues, diretor de inovação e novos negócios da Amcham.


Membro do grupo, a multinacional alemã do setor químico e farmacêutico Bayer busca o desenvolvimento de tecnologias que a auxiliem em suas metas de neutralidade climática. Entre elas, reduzir em 42% as emissões diretas até 2030 e em 30% as emissões em suas frentes ligadas à agricultura. A principal dificuldade, no caso do Brasil, é a baixa disponibilidade de ferramentas de medição que ajudem a calcular com precisão os níveis de emissão de carbono nas lavouras. “A consequência disso é a falta de rastreabilidade adequada na cadeia”, diz Felipe Albuquerque, diretor de sustentabilidade da divisão agrícola da Bayer para a América Latina.


Como parte de uma iniciativa piloto, a empresa desenvolveu com a Embrapa uma calculadora de carbono que permite medir as emissões durante toda a fase agrícola. Aplicou a ferramenta com dez produtores de soja localizados nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, responsáveis por uma área de cultivo de 159 mil hectares. As 240 mil toneladas do grão produzidas em 2023 com pegada de carbono mensurada foram auditadas pela certificadora Bureau Veritas e comercializadas com a trading ADM. “Buscamos validar o modelo em desenvolvimento com a cadeia de valor e o mercado, o que é fundamental para escalar a iniciativa”, diz o executivo.


 


Fonte: Valor Econômico

ÚLTIMAS NOTÍCIAS
19 out 2024

BNDES aprova R$ 3,9 bi em crédito a projetos de biocombustíveis em 2024

+
SAIBA MAIS
18 out 2024

Lula decide indicar Pietro Mendes, secretário do MME, para comando da ANP

+
SAIBA MAIS
18 out 2024

As promessas de bilhões durante a sanção da lei do “combustível do futuro”

+
SAIBA MAIS
18 out 2024

72% dos brasileiros preferem pagar mais caro por combustível sustentável

+
SAIBA MAIS
18 out 2024

Combustível 'limpo' para avião e hidrogênio verde só devem atingir maturidade em 2035, diz MIT

+
SAIBA MAIS
TODAS AS NOTÍCIAS
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1903 – cj. 91
Jardim Paulistano
01452-001 – São Paulo/SP
+55 11 3031-4721
APROBIO