“A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) não possui a força necessária para induzir a demanda por SAF (combustível de aviação sustentável) que promova garantia de retorno de investimento na produção local”. Essa foi a posição defendida por Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) durante sua participação, no dia 18 de maio, da mesa “Avanços e Perspectivas para os Combustíveis Alternativos de Aviação no Brasil” 2° Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV), em Natal (RN).
“É necessária uma política pública que gere uma demanda segura para estimular o investimento em unidades produtivas de SAF”, disse Minelli. O diretor da APROBIO destacou que a introdução dos biocombustíveis avançados ou da segunda geração deve ser uma política complementar, o que não pode representar uma redução da demanda pelos biocombustíveis tradicionais (primeira geração). “Os esforços da descarbonização devem ser complementares”, completou.
O debate foi moderado por Lais Thomaz (UFG), e contou com palestras de Renato Dutra (MME), Laurent Samy (AXENS), Darlan Santos (ANAC) e Carol Grassi (RSB). O congresso começou no dia 16 e contou com apresentações de trabalhos técnico-científicos, palestras de renomados especialistas nacionais e internacionais, bem como painéis nos quais foram debatidos temas de interesse do setor de produção de energias sustentáveis para aviação.
Paralelamente ao evento, foi realizada uma feira, com produtos e serviços envolvendo o setor e promovendo a interação dos diversos atores envolvidos na produção e utilização de combustíveis alternativos, principalmente o bioquerosene para aviação. O evento também é uma realização do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e contou com apoio da APROBIO.
Adiada votação de incentivo à produção de biocombustível pela agricultura familiar