Uma atuação conjunta envolvendo produtores, distribuidores e órgãos reguladores é a direção apontada pelos participantes do Painel “A qualidade da mistura Diesel/Biodiesel da usina ao tanque” realizado nesta terça-feira (09/11), como parte da programação do Congresso Biodieselbr 2021. Esse plano de ação se daria de forma a não permitir a proliferação de boatos e campanhas de difamação que prejudicam a evolução do setor, garantindo a transparência sobre a evidente qualidade do produto que chega para o consumidor.
Ednéia Caliman, Coordenadora de Qualidade de Combustíveis do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP, destacou a evolução de todas as ações de fiscalização, regulatórias e de revisão de especificações de qualidade, considerando inclusive a antecipação da execução do Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel (PMQBio). Ela destacou a importância do trabalho de desenvolvimento de boas práticas de transporte e armazenamento olhando para qualidade do produto ao longo de toda a cadeia, da usina ao tanque do cliente final.
Essa foi a tônica da apresentação de case de Iara Schimmelpfeng, diretora de Operações e Suprimento da Petrobahia, destacando ocorrências em sua rede de postos em função de problemas com equipamentos e sua relação com combustíveis, sejam o diesel S10 e S500, ou o biodiesel, sem conclusões efetivas sobre o causador do problema. “O que precisamos entender é que a dor do cliente não é problema do outro e precisa ser resolvido”, destacou a diretora, reforçando a importância do compromisso de todos em avançar com os biocombustíveis.
Donizete Tokarski, da Ubrabio, reforçou o compromisso das associações do setor de manter o diálogo e demonstrou as várias iniciativas indicadas pelo setor para a ANP, que estabelecem o avanço das especificações do produto. O biodiesel nacional já tem especificação mais restritiva do que o praticado nos Estados Unidos e na Europa.
“Não é a nossa qualidade que assusta, mas nossa eficiência como uma resposta imediata ao processo de descarbonização, com custo de transição muito baixo”, indica Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO. “Somos vanguarda e referência mundial, temos o melhor biodiesel do mundo fabricado com tecnologia de ponta”, disse Minelli, que destaca o fato do Brasil ter condições de aproveitar o seu enorme potencial de ampliar a geração de energia a partir da biomassa, incluindo aumentar a produção de biocombustíveis em conjunto com a produção de alimentos.
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Daniel Furlan, da Abiove, e Ana Luiza Lodi, especialista da StoneX, analisaram o mercado da soja e de outras oleaginosas em 2022 e demonstraram a importância e o impacto da falta de previsibilidade no cumprimento do avanço da mistura de biodiesel ao diesel fóssil para agregar valor à produção de soja e para a produção de alimentos por meio da redução de oferta de farelo que atende a cadeia de proteína animal.
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