O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) afirmou que a Petrobras tenta “pegar carona” no projeto de lei Combustível do Futuro ao defender a inserção do diesel coprocessado, de origem fóssil, no texto. Moreira é presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio). Ainda de acordo com ele, permitir a inclusão de um hidrocarboneto em um projeto que incentiva os biocombustíveis afetaria “a imagem do país”.
“Querer pegar carona nos biocombustíveis para colocar o diesel coprocessado não é a imagem que queremos passar para o mundo, tampouco levar à COP 30”, disse o parlamentar, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Alceu Moreira também afirmou que o texto aprovado pela Câmara que conta com amplo apoio do governo e dá previsibilidade ao setor gerar investimentos vultuosos no país. Sugeriu, entretanto, que a produção do diesel coprocessado, feita exclusivamente pela estatal, seja endereçada em um projeto distinto no âmbito dos esforços da estatal pela transição energética.
“Aliás, não entendo essa insistência em produzir o diesel S500, cancerígeno, venenoso, quando há outras opções”, disse.
Governo
Durante a audiência, representantes do governo destacaram a importância do projeto. Marlon Arraes, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, elogiou o texto aprovado pela Câmara e que os biocombustíveis representam “uma enorme vantagem competitiva para o Brasil”.
Já o diretor de Programa da Secretaria de Reformas do Ministério da Fazenda, Gustavo Henrique Ferreira, apontou que a banda instituída para os mandatos de biodiesel e etanol atenderem às expectativas da pasta. “Nos dá uma flexibilidade importante”, pontuou.
Fonte: O Antagonista
COP30, em Belém, pode repetir desenho bem-sucedido do G20 no Rio e reunir ministros do Clima, Relações Exteriores e Finanças