O SAF (Combustível Sustentável de Aviação, em português), um combustível feito com fontes renováveis equivalente a função do querosene, para aviação convencional, foi um dos temas de um painel na Fenasucro, que acontece em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto, até essa sexta-feira (16).
O SAF pode ser produzido a partir de diferentes matérias-primas, como biomassa, óleo de cozinha usado, resíduos urbanos, gases residuais e resíduos agrícolas.
Outras formas de produzi-lo são a partir de eletricidade livre de fósseis e do próprio CO2 capturado da atmosfera.
Segundo os especialistas, o biocombustível tem o potencial de revolucionar o mercado aéreo. O painel “Tecnologias em Biocombustíveis” mostrou o SAF como solução para um desafio crucial da aviação: a redução das emissões de carbono.
Para o engenheiro químico Henrique Baudel, o SAF surge como uma solução promissora para revolucionar a indústria aérea até 2030, embora ainda esteja em fase de desenvolvimento comercial.
“A transição para o SAF envolve complexidades tecnológicas e logísticas, com a necessidade de integrar biotecnologia e química, além de coordenar diversos fatores da indústria. Enquanto a Europa e os EUA avançam, o Brasil, com seu grande potencial de produção de etanol, está bem posicionado para contribuir já que possui a matéria-prima necessária, o que representa uma vantagem estratégica”, explica Baudel.
A previsão é que o SAF, que hoje representa apenas 0,5% a 1% do combustível global, possa ser responsável por até 20% da frota mundial de aviões operando 100% com o combustível puro.
“A colaboração entre produtores e fabricantes é essencial para que a aviação alcance um futuro mais sustentável e verde”, completa o engenheiro.
Fonte: A Cidade On
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