O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) retoma nesta segunda (29/11) a definição do percentual de biodiesel a ser acrescido no diesel vendido ao consumidor final a partir de janeiro de 2022. A definição estava prevista para ocorrer na semana passada, mas houve um impasse em relação ao teor da mistura a ser adotado.
— A Resolução 16/2018 do CNPE determinou a adição de 13% de biodiesel a partir de março deste ano e de 14% a partir de março de 2022. Entretanto, durante quase todo o ano de 2021 o teor foi reduzido para 10%, por causa da elevação dos preços do biodiesel, que pressionou o valor final do diesel.
— A definição do percentual é urgente. Com o fim dos leilões da ANP em janeiro e a mudança no modelo de comercialização, produtores e distribuidoras precisam começar a firmar contratos de venda e compra do biocombustível para abastecer o país em janeiro e fevereiro, mas a demanda ainda é desconhecida.
— A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), que reivindicava prazo maior para o início do novo modelo de comercialização, manifestou preocupação e falou na possibilidade de um colapso no abastecimento do biocombustível.
— Diversos agentes da cadeia dos combustíveis defendem que a mistura obrigatória continue no B10. Alegando problemas de qualidade no biodiesel, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) pede a manutenção do teor de 10% de biodiesel. Mesma agenda da Anfavea (montadoras), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e Fecombustíveis (revenda).
— Já os produtores defendem a qualidade do produto e temem uma quebra no setor caso o mandato retroceda e diesel renovável e biodiesel importado entrem na disputa pelo mercado, como querem os outros agentes.
Fonte: epbr
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