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27 abr 2021 - 08:30
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Carros ainda são vilões para a qualidade do ar, mas poluição no Brasil poderia ser muito pior

Programa nacional para redução da emissão de poluentes (Proconve) ajudou a melhorar as condições ambientais nas grandes cidades brasileiras, mas tem problemas para avançar


Doenças cardíacas, câncer de pulmão, AVC. Certamente, a indústria automotiva não gostaria de estar associada a essas enfermidades. Mas as agências de saúde se apoiam nas pesquisas científicas para relatar essa realidade inconveniente: de acordo com um estudo feito em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos sete milhões de pessoas morrem anualmente em todo o planeta em função de doenças relacionadas à poluição do ar, provocada por substâncias como o monóxido de carbono (CO) e outros gases tóxicos.
Para ter ideia, a pandemia de covid-19 vitimou aproximadamente 2,7 milhões de pessoas no período de um ano — por sinal, uma pesquisa da Universidade Harvard indicou que pacientes com coronavírus que vivem em regiões com alto índice de poluição têm um risco 15% maior de morrer em decorrência de complicações causadas pelo vírus.
Antes que surja qualquer dúvida, sim, os carros têm relação direta com esse problema. Segundo coleta de dados realizada pela Universidade de São Paulo (USP), os veículos são responsáveis por cerca de 60% das emissões de partículas poluentes em São Paulo e no Rio de Janeiro.


A situação, porém, poderia ser muito pior: desde 1986, o Brasil conta com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que se inspirou nas regulações adotadas em outras regiões do mundo, como na Europa, para estabelecer metas para reduzir as emissões de poluentes dos veículos. A cada fase do programa, ficam mais rígidos os limites para a emissão: as próximas etapas, chamadas de L7 e L8, estão previstas para entrarem em vigor em 2022 e em 2025.


Diante das legislações atualizadas, os níveis de poluição vêm diminuindo (veja gráfico abaixo), mas especialistas entendem que ainda é necessário exigir uma diminuição ainda maior das emissões de poluentes para vislumbrar melhoras significativas na qualidade do ar das metrópoles.
O problema é que isso esbarra no planejamento das montadoras: elas querem adiar as novas fases do Proconve com a justificativa de que a pandemia atrapalhou o cronograma de desenvolvimento de motores adequados à legislação. Em agosto de 2020, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) enviou uma carta ao Ministério do Meio Ambiente solicitando a suspensão temporária dos prazos estipulados pelo Proconve.


Como resposta, o Ministério Público Federal criticou o pleito da Anfavea e fez um requerimento ao governo federal para dar prosseguimento aos planos de adoção de medidas mais rigorosas para controle de poluentes — até o momento, a fase L7 do Proconve está mantida para 2022. “Quando se posterga, você poupa dinheiro, mas acaba sendo um mau negócio para o país em termos de saúde pública”, considera Renato Romio, chefe da Divisão de Motores e Veículos do Instituto Mauá de Tecnologia.


Em resposta à Autoesporte, a Anfavea afirma que a indústria automobilística não coloca resistência às novas regras. "Para poder atendê-las com a totalidade dos veículos produzidos no Brasil, sugerimos às autoridades competentes uma breve readequação de prazos, em função dos atrasos provocados pela pandemia nos cronogramas de desenvolvimento, testes e homologações", afirma em nota. "A gravidade da segunda onda de covid-19 no país acentuou os atrasos, em função dos protocolos sanitários necessários à proteção da vida de engenheiros, técnicos e pilotos de teste. Não fosse a pandemia, não haveria essa demanda da indústria, de caráter excepcional."
A entidade também considera que a poluição veicular ainda é um problema no país por conta da ausência de programas de inspeção veicular e renovação da frota, projetos originalmente previstos no próprio Proconve. "No Brasil, infelizmente, os esforços de controle de emissões são focados exclusivamente na indústria", diz a Anfavea.

De fato, por conta da extensão da crise econômica, a idade média da frota de veículos no Brasil é a mais velha desde 1995: segundo estudo do Sindipeças, o índice atual é de 10,3 anos — nos primeiros anos do século 21, quando o país vivia crescimento econômico, a idade média chegou a atingir a média de 8,3 anos. Respirar ar puro parece um objetivo mais distante.


Fonte: Auto Esporte

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