Documento desenvolvido pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel (CSOB), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), propõe a adoção de boas práticas que assegura que o diesel estará sempre adequado ao uso e sua operação livre de problemas
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel (CSOB), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), lançou nesta terça-feira (08/08) o Manual de Boas Práticas na Utilização de Diesel. Antônio Carlos Ventilii Marques, da assessoria da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), foi um dos integrantes do Grupo de Trabalho criado para a formulação do documento durante a presidência de Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO, na Câmara Setorial. O projeto contou com a coordenação Vicente Alves Pimenta Junior, representante da Abiove, e com Donato Aranda, representante da Ubrabio.
O Manual propõe a adoção de boas práticas, que são ações simples para assegurar que o diesel estará sempre adequado ao uso e sua operação livre de problemas. Com a evolução dos motores, o produto vendido no Brasil também foi sendo aprimorado ao longo dos anos e passou a ter uma adição compulsória de biodiesel, sendo esta mistura denominada de diesel B, ou, simplesmente, diesel comercial comum. Hoje a mistura é de 12%, identificada como B12, mas o teor variou ao longo dos anos em função da legislação vigente.
De acordo com o EPE (Empresa de Pesquisa Energética – órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia), a utilização de biodiesel representa a redução de centenas de mortes por problemas respiratórios apenas na Região Metropolitana de São Paulo por ano. O biodiesel é adicionado a todo diesel comercializado no país (exceção ao marítimo).
O diesel comercial é apresentado em duas versões, em função da quantidade de enxofre presente no combustível: S500 e S10 (500 e 10 ppm de enxofre em peso, respectivamente). Todos os veículos e equipamentos podem ser abastecidos com o diesel S10; já o uso do diesel S500 somente é permitido quando o manual do veículo ou equipamento não determina como obrigatório o uso diesel S10.
De acordo com o Manual, “os cuidados que sempre foram requeridos para o diesel comum, continuam valendo depois de todos os aprimoramentos do combustível, porém, os efeitos pela falta de cuidados básicos podem aparecer de forma muito mais rápida. Os pontos críticos são: a degradação por envelhecimento (ou oxidação), a contaminação por água e a contaminação microbiológica”.
O documento também reforça que a importância do cuidado com o combustível e o processo de abastecimento deve ser constante: “atitudes preventivas são sempre menos onerosas do que reparos, não apenas pelo seu custo, como também pelo tempo de parada do equipamento”.
O Manual propõe a adoção de rotinas rígidas de manutenção, tais como a drenagem frequente dos tanques de abastecimento. Indicações de combustível fora do especificado, como alterações de cor ou turvamento, devem ser motivo de preocupação e eventual substituição e limpeza do tanque, troca dos filtros e avaliação do sistema de injeção.
O distribuidor também deve proteger o combustível de contaminação por poeira, água ou corpos estranhos durante o armazenado e quando ocorrer o abastecimento do tanque de armazenamento e das máquinas e equipamentos.
Clique aqui para conhecer o Manual.
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