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10 nov 2021 - 10:26
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Brasil terá de cumprir metas da COP26 ou seu mercado de carbono será afetado

Carlo Pereira, do Pacto Global da ONU, diz haver ceticismo sobre a ação do governo contra o desmatamento


O Brasil não precisa apresentar metas adicionais de redução das emissões de gases do efeito estufa. Tem de cumprir o que já prometeu, afirmou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Poder360 na 3ª feira (9.nov.2021). Caso contrário, o mercado de crédito de carbono brasileiro será afetado, e essa perspectiva de ganho estará arruinada.


Pereira acompanha desde domingo (7.nov) os últimos dias de negociações da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de Glasgow. O encerramento está marcado para a 6ª feira (12.nov). Espera-se um conjunto de compromissos capaz de impedir o aumento da temperatura do planeta em mais de 1,5º Celsius até o final do século. A comparação é feita com base na do final do século 18.


“O Brasil está trazendo metas muito significativas. A gente sabe que o governo brasileiro não está sendo rigoroso como se queria sobre o desmatamento e o meio ambiente. A questão é se o Brasil vai entregar”, afirmou.


Não entregar as promessas feitas significa ameaçar o futuro mercado no país –mecanismo regulado e com aparato técnico para mensurar os créditos efetivos.


 


Pereira diz haver ceticismo em relação ao governo de Jair Bolsonaro, mesmo depois da adesão do país aos acordos plurilaterais de redução das emissões de metano e de carvão e com a meta de fim do desmatamento ilegal. Nesse caso, antecipada pelo Brasil de 2030 para 2028.


Até ontem, o Brasil havia prometido: 1) zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa (neutralidade) até 2050, com redução de 50% até 2030; 2) diminuir em 30% as emissões de metano até 2030; eliminar o desmatamento ilegal até 2028.


“O ceticismo vai continuar enquanto não houver resposta real. O Brasil não sairá daqui com a imagem recuperada totalmente”, disse.


O Pacto Global da ONU é uma iniciativa que engaja empresas em compromissos com 4 áreas: meio ambiente, direitos humanos, combate à corrupção e trabalho. No Brasil, agrega cerca de 850 companhias e tornou-se uma das principais vozes a impulsionar os princípios ESG (da sigla em inglês, meio ambiente, compromisso social e governança). Pereira acompanha há mais de 20 anos as questões ligadas à sustentabilidade


Pereira observou que, de todas as COP que acompanhou, a de Glasgow foi a que mais atraiu representantes de governos sub-nacionais e do Legislativo do Brasil. Foram 20 governadores, prefeitos, deputados federais e senadores. Essa presença amplia as chances de entrega dos compromissos assumidos, assim como a de comunidades vulneráveis eleva a pressão sobre os governos.


Segundo o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, embora seja a 2ª maior fonte de emissões de gás carbônico do país, o agronegócio brasileiro não preocupa.


“Não existe quem domine mais as técnicas de produção de baixo carbono que o Brasil que esse setor”, afirmou. O governo será sempre razão para preocupação, assim como da parte do setor empresarial que lança suas metas sem parâmetros científicos nem planos de execução.


Uma das iniciativas do Pacto Global da ONU no Brasil será separar esse joio do trigo, por meio do Observatório 2030, lançado em parceria com outras entidades.


“A maior parte das empresas são sinceras em seus compromissos, mas muitas estão lançando mão de green washing”, afirmou, referindo-se ao termo usado para os compromissos ambientais sem fundamento.


A dois dias do final da COP26, a Agência Internacional de Energia estima que, se os compromissos alcançados forem cumpridos, a temperatura da Terra aumentará 1,8ºC até o final do século. Será preciso mais ambição para baixar para 1,5ºC.


Para Pereira, esses acordos adicionais devem se concentrar nas economias mais desenvolvidas –que emitem há mais de 2 séculos– e a China –maior emissora nas últimas décadas.


ESG
Em parte, as metas ambientais das empresas se incluem nesse universo corporativo ditado pelos princípios ESG. Não cumpri-los significará no futuro dificuldade de acesso às melhores práticas do mercado financeiro e aos clientes e consumidores.


Ao abordar o tema, Pereira se apoia em 2 figuras públicas: o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore e o CEO da BlackRock, Larry Fink.


Ele comentou que, em recente evento promovido por um banco brasileiro, Gore afirmou que o mundo está no meio da revolução da sustentabilidade: mais estruturante que a industrial e mais rápida que a digital. Fink, que gere um fundo de mais de US$ 10 trilhões, fez analogia diferente: a de movimentos de placas tectônicas, acelerados pela pandemia de covid-19.


Fonte: Poder 360

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