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30 set 2021 - 09:24
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Brasil defende, na OMC, sustentabilidade do agro no país

Representantes do governo e do setor privado garantiram ontem, em evento virtual no órgão multilateral, que o Brasil quer liderar o comércio e a produção agrícola sustentável


Representantes do governo e do setor privado do Brasil garantiram ontem, em evento virtual na Organização Mundial do Comércio (OMC), que o Brasil quer liderar o comércio e a produção agrícola sustentável. Foi uma maneira de reagir à percepção internacional de que o país é vilão na área ambiental, por causa de sinalizações do governo Bolsonaro.


A Missão do Brasil junto à OMC, a Apex-Brasil, o Ministério da Agricultura e o Insper organizaram um seminário sobre a produção agrícola do país no Fórum Público da entidade, que ocorre nesta semana com participação de ONGs, academia e representantes de governos.


O embaixador junto à OMC, Alexandre Parola, abriu o debate dizendo que “o Brasil é uma potência agro-ambiental” por qualquer medida e padrão. Em 2020, o agronegócio respondeu por quase metade das exportações totais do Brasil (48%). De janeiro a agosto deste ano, os embarques do setor renderam US$ 84 bilhões, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e o total poderá alcançar US$ 120 bilhões em 2021, segundo outro participante do evento.
Parola citou o discurso de Jair Bolsonaro na assembleia geral da ONU deste ano, quando o presidente enfatizou que “nossa agricultura moderna e sustentável de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional”. O discurso foi recebido em geral com críticas por causa de dados distorcidos ou falsos em diversas frentes.
“Nenhum país do mundo tem uma legislação ambiental tão abrangente como o Brasil’’, continuou Parola. “Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países’’. Segundo Parola, também é preciso evitar barreiras e medidas comerciais antigas e novas, incluindo subsídios e questões sanitárias e técnicas - “que podem ser arbitrárias, disfarçadas e causar restrições injustificáveis ao comércio internacional”. Para ele, o Brasil “está pronto para liderar o futuro sustentável do comércio e da produção agrícola internacional”.
Exemplo de produtividade
Marcos Jank, especialista no setor de agronegócios e professor do Insper, foi o moderador do debate. Ele destacou a importância da relação entre agricultura sustentável e comércio. Lembrou que o Brasil é acusado de ser um vilão ambiental pelo elevado nível de desmatamento, mas destacou que o país é um exemplo de alta produtividade, energia renovável, acordo florestal e outros fatores. Jank realçou que 98% da produção brasileira de soja, por exemplo, não tem qualquer relação com o desmatamento na Amazonia.
Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), conclamou os estrangeiros a conhecerem a agricultura brasileira, porque o país será responsável por uma fatia ainda maior do suprimento global de alimentos no futuro. Ele observou que, em 2030, a Ásia será responsável por 60% do consumo da classe média no mundo. E isso afetará comércio e produção de alimentos. E realçou que, enquanto a Europa enfatiza sustentabilidade, a China privilegia segurança alimentar e outros paises focam também em segurança dos alimentos (safety).
Para Juliana Lopes, diretora na área de sustentabilidade da Amaggi, maior produtora e processadora de grãos de capital nacional, a rastreabilidade dos produtos leva à pegada carbono e pode ajudar a apontar onde se produz melhor do ponto de vista também ambiental. Ela mencionou um estudo que mostra que a soja e o milho brasileiro têm baixa pegada ambiental (incluindo emissões com insumos, estocagem, transporte etc), e que as emissões na produção de soja seriam duas vezes menores do que as da Ucrânia e do Canadá para a entrega do produto na Europa. Já o algodão brasileiro teria emissões 2,5 vezes menores em relação ao produto americano.
Lígia Dutra, diretora de relações internacionais da CNA, e Orlando Ribeiro, secretário de assuntos internacionais do Ministério da Agricultura, insistiram na importância de que seja feita uma reforma nas regras do comércio agrícola global. Segundo eles, os gigantescos subsídios domésticos oferecidos pelos países ricos a seus produtores rurais, inclusive na Europa, são um exemplo de produção não-sustentável.
A OMC transmitiu pela internet o debate virtual em inglês, com tradução em espanhol e francês. A tela em uma sala na OMC mostrou que houve participação de 70 a 90 pessoas ao longo de uma hora de evento.


Fonte: Valor

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