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02 out 2024 - 18:42
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Brasil articula venda de biocombustível à União Europeia, mas regras do bloco desafiam inserção no mercado

Embora o Brasil seja um dos líderes globais de produção de biocombustíveis, pode encontrar dificuldades para aproveitar todo o potencial do mercado europeu. A União Europeia (UE) investe principalmente nos de segunda geração (2G), produzidos a partir de resíduos orgânicos — em oposição aos de primeira geração (1G), produzidos a partir de culturas alimentares, como é o caso no Brasil.


Entre 2014 e 2020, a Comissão Europeia investiu € 430 milhões (R$ 2,6 bilhões) em biocombustíveis 2G. No entanto, em 2021, eles representavam 0,8% dos 7,5% dos combustíveis renováveis utilizados nos transportes na Europa. Um relatório de dezembro de 2023 do Tribunal de Contas da UE concluiu que a produção de biocombustíveis no bloco não está à altura do financiamento atribuído, enquanto “a dependência de países terceiros aumentou, devido à crescente procura por biomassa”.


 Vencendo barreiras


Segundo Maurice Jansen, sócio do Boston Consulting Group (BCG), há duas razões para a resistência europeia aos biocombustíveis 1G. A primeira é o fator ILUC (sigla em inglês para Indirect Land Use Change): quando o uso de uma terra é convertido para biocombustíveis, indiretamente provoca a transformação de floresta em nova área de agricultura, para suprir a produção abandonada e com liberação de CO2. A segunda é o fato de algumas das matérias-primas competirem com o suprimento de alimentos.


— Os biocombustíveis feitos de matérias-primas avançadas 2G são realmente estimulados na UE, pois há metas mínimas definidas em regulamentações em toda a UE — complementa Jansen. — A principal diferença é que a UE está se concentrando mais em biocombustíveis 2G mais caros e de menor intensidade de carbono, em comparação aos EUA e ao Brasil.


Artur Milanez, gerente no departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustíveis do BNDES, destaca que a Europa tem privilegiado alternativas de descarbonização que geram maior impacto econômico local, sobretudo pelo elevado investimento em tecnologias ligadas à eletrificação veicular e ao hidrogênio.


— No caso dos biocombustíveis, o potencial europeu de se beneficiar dessa alternativa é menor do que o de países como o Brasil e os EUA — explica. — Um exemplo prático é a defesa europeia do conceito ILUC, ou seja, na prática assume que, se um hectare de cana, soja ou milho foi usado para biocombustíveis, isso implica em desmatamento em algum outro lugar do mundo.


2G como alternativa


Para vencer essa oposição, o Brasil pode investir nos biocombustíveis 2G, segundo Milanez. Em 2023, o BNDES aprovou R$ 2,6 bilhões para o setor, o maior valor em nove anos. Para Ricardo Pierozzi, diretor-executivo e sócio do BCG, o Brasil pode desempenhar um papel de liderança produzindo para mercados locais e de exportação.


Porém, segundo o relatório “Perspectivas Agrícolas OCDE-FAO 2021-2030”, um fator determinante está relacionado à resposta do setor privado.


“As indústrias automotiva e outras estão atualmente investindo em veículos elétricos que, dependendo da aceitação dessa tecnologia e das políticas que apoiam sua adoção, podem contribuir para uma potencial redução no uso de biocombustíveis na próxima década e além”, diz o documento.


 


Fonte: O Globo

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