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01 dez 2021 - 09:03
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Biodiesel mostra que governo tem um discurso lá fora e outro aqui dentro

Redução da mistura de biodiesel ao diesel contraria posição assumida em Glasgow, segundo representante do setor


Quando se trata de sustentabilidade e de redução de emissão de carbono, o governo tem um discurso para mostrar ao mercado externo, mas age exatamente ao contrário internamente.


A avaliação é Francisco Turra, presidente do conselho de administração da Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil), ao analisar as novas medidas do Conselho Nacional de Política Energética para o setor.


A mistura de biodiesel, que já foi reduzida pelo governo neste ano e está em 10%, deveria subir para 13% e, em março, para 14%. O governo, no entanto, a manterá em 10% durante 2022.


O Brasil promete descarbonizar e reduzir a emissão de gases de efeito estufa na COP26, mas adota práticas exatamente contrárias no país, afirma o executivo.


Para Juan Diego Ferrés, presidente da Ubrabio (União Brasileira de Biodiesel e do Bioquerosene), a medida é "grotescamente desconstrutiva".
"Não dá para entender esse governo", afirma.


Além dos efeitos sobre o clima, a redução ocorre exatamente em um momento de uma supersafra mundial de soja, principal matéria-prima para a fabricação do biodiesel.


Os Estados Unidos acabam de colocar um volume recorde de 120 milhões de toneladas de soja no mercado. O Brasil deverá colher 144 milhões, e a Argentina, próximo de 50 milhões.


Ou seja, os três principias produtores mundiais vão colher acima de 300 milhões de toneladas. Já a China, principal importadora mundial, e que vinha com um volume crescente de compras, deverá parar nos 100 milhões de importações no próximo ano.


As razões alegadas pelo governo para reduzir a mistura são injustificadas, segundo Turra. A tão anunciada pressão do preço do biodiesel sobre o diesel não existe.


Em janeiro, a participação do biodiesel no preço do diesel era de 13,6%. No mês passado, estava em 13,7%. "Não somos a causa dos aumentos do diesel. Há uma desinformação do governo", diz ele.


Ferrés, da Ubrabio, afirma que o desastre sobre a economia será grande. As empresas investiram muito para atingir o patamar programado de biodisel no país, e agora vão ficar com uma grande capacidade ociosa, calculada em 46%.


Ele calcula que o setor deixará de movimentar R$ 15 bilhões no próximo ano, devido à redução da mistura para 10%, ao invés dos 14% previstos em lei. Esse setor irriga boa parte das economias regionais, mantendo empregos e gerando valor agregado aos produtos em 14 unidades da federação.


Não serão processados 12,5 milhões de toneladas de soja, que gerariam 9 milhões de toneladas de farelo. Essa redução vai afetar os preços das rações, elevando o custo das proteínas e aumentando a pressão inflacionária.


Os investimentos feitos para a ampliação de oferta de biodiesel agora serão custos para as empresas, que devem pagar as taxas de financiamentos sem um aproveitamento dessa capacidade instalada aumentada.


A ação do governo freia a geração de emprego e pode provocar ainda mais desemprego em um país em recessão, diz Ferrés.


O Brasil tem todo o potencial para elevar a produção, mas não tem mais confiabilidade. Combalidas e escaldadas, as empresas não voltarão mais a investir, acrescenta o executivo da Ubrabio.


Como medidas futuras, Turra diz que o setor vai fazer um apelo ao bom senso do governo. Há também a alternativa de buscar uma anulação jurídica desse ato, uma vez que contraria a lei do Renovabio.


Entidades produtoras de biodiesel, do agronegócio e a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel se reuniram nesta terça-feira (30) para definir uma ação conjunta.


Ao se tornar um dos líderes mundiais nas exportações de carnes, o Brasil terá desafios nos próximos anos. Manter o status quo sanitário, embora indispensável, não basta.


A avaliação é de Taís Cristina Menezes, pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Segundo ela, as barreiras sanitárias podem ter várias interpretações. Aí entram as negociações políticas.


Trabalho conjunto As lideranças que negociam acordos comerciais terão de trabalhar cada vez mais próximas das autoridades sanitárias, a fim de garantir que os produtos brasileiros cheguem não só aos mercados tradicionais, mas também nos mais exigentes, afirma.


As vendas internas deverão atingir o recorde 44,6 milhões de toneladas neste ano, com evolução de 10% em relação a 2020. No próximo ano, o volume deverá chegar aos 46,4 milhões de toneladas, com aumento de 4%.


As previsões são da consultoria MacroSector Consultores, que prevê, ainda, importações de 38 milhões de toneladas neste ano, com aumento de 15%, e de 40 milhões em 2022, com elevação de 5%.


Inserção na produção Um projeto do Instituto Mosaic, com agricultores de até cinco hectares na cidade de Barreiras (BA), está permitindo uma diversificação de culturas e uma rentabilidade que, até então, eles não tinham.


Denominado Village, o programa, que tem o apoio da The Mosaic Company Foundation, dá assistência técnica e busca canais de comercialização para os produtos desses agricultores. Atualmente são 17 famílias.


Na avaliação do instituto, o solo necessita de cuidados e de nutrientes para um aumento de produtividade. Com isso, é preciso fortalecer a educação da comunidade, oferecer acesso a água e adequar sistemas de irrigação.


O aporte anual de recursos é de R$ 1,5 milhão e permitiu às 17 famílias aumentarem em 230% a renda. A produção de alimentos é de forma sustentável e consciente, segundo o instituto Mosaic.


Fonte: Folha de S.Paulo

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