O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil vai chegar atrasado na mistura obrigatória de 25% de biodiesel. Segundo o presidente, a indústria que produz caminhões atrasou por anos o aumento do teor do biocombustível no diesel.
O aumento da participação de biodiesel no diesel está em discussão no Senado, no projeto de lei do Combustível do Futuro. No início deste ano, o governo decidiu antecipar o cronograma de aumento até B15 para março de 2025.
“Nós ficamos atrasados na questão do biocombustível. A gente poderia estar produzindo muito mais. A gente aumentou para B15, mas poderia aumentar para B20, para B25”, afirmou.
Lula participou nesta sexta-feira (24/5) da inauguração da segunda planta de etanol de segunda geração (E2G), da Raízen, no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP).
O presidente disse que vai “fazer propaganda” do E2G durante a reunião do G7 deste ano.
Hidrogênio para descarbonizar a indústria nacional
Lula também voltou a defender que a produção de hidrogênio verde brasileira vai priorizar a indústria nacional, não a exportação.
“A gente não vai ficar produzindo hidrogênio verde só para exportar, não. Se quiser, eles [Europa] vão utilizar a energia verde aqui, trazendo emprego para cá, trazendo desenvolvimento para cá, produzir as máquinas deles aqui”, disse.
“Não adianta querer produzir aço verde na China, aço verde na Alemanha. Vamos produzir aço verde em Guariba. Vamos produzir em Ribeirão Preto. Vamos produzir em Minas Gerais”, acrescentou.
Além do presidente da República, também estiveram presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o ministro dos Transportes, Renan Filho, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e o ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.
Fonte: epbr
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