Levantamento mostra avanços do setor e demonstra a vocação brasileira para a produção de energias renováveis
O setor de biocombustíveis brasileiro apresentou resultados expressivos em 2020. Em números consolidados pela Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG), do Ministério de Minas e Energia (MME), é possível perceber os avanços do setor que demonstra a vocação brasileira para a produção de energias renováveis.
Um dos exemplos de sucesso é o programa RenovaBio, que estabelece um mercado de créditos de carbono, em que os distribuidores de combustíveis precisam adquirir créditos de descarbonização, chamados CBIOs. Em 2020, foram negociados 14,9 milhões de CBIOs, gerando o volume financeiro de R$ 650 milhões. Assim, as distribuidoras cumpriram cerca de 98% da meta estabelecida.
O balanço do MME também mostra que o Brasil tem 638 usinas de biogás em operação, que produziram cerca de 5 milhões de metros cúbicos por dia em 2020. As usinas utilizam resíduos agroindustriais e coletam metano de aterros sanitários, contribuindo para a preservação do meio ambiente e no combate ao aquecimento global.
De 2019 para 2020, a produção de biodiesel cresceu 8,7% e a capacidade de produção 9,4%. O setor também contribui para a inclusão social, com 98,4% do volume comercializado sendo de Usinas com Selo Biocombustível Social, o que exige a inclusão de agricultores familiares na cadeia produtiva. Como mais de 70% da produção de biodiesel usa óleo de soja, é produzido mais farelo, fundamental para a indústria de proteína animal.
Fonte: CenárioMT
Mudanças climáticas: Cenários antes vistos como alarmistas já são tratados como conservadores por cientistas
Brasil e EUA articulam parceria para transição energética em meio à busca por reduzir dependência da China