Em entrevista dada ao canal Terra Viva, Erasmo Carlos Battistella, presidente do Conselho de Administração da APROBIO, falou da redução da mistura de B13 para B10. Na oportunidade, o executivo destacou que a decisão do governo federal em diminuir a mistura se baseou apenas no preço, sem levar em conta os resultados a longo prazo. Para ele, é preciso que o governo federal não se esqueça dos benefícios do biocombustível para o meio ambiente e por conta disso, há um trabalho intenso para que o B13 seja retomado o quanto antes.
“As entidades que representam o setor e toda a cadeia produtiva estão preocupados com o atual cenário, pois, com menos esmagamento, teremos menos farelo e isso impacta diretamente nos preços dos alimentos. Temos levado essas preocupações ao governo federal por meio da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), presidida pelo deputado Pedro Lupion (DEM/PR)”, conta.
Battistella diz que o Brasil tem uma grande oportunidade nesta nova economia que se abre e que não podemos retroagir nos programas que estão avançados como o RenovaBio. “Muitas empresas têm investido pesado no setor, pois já uma expectativa de chegarmos em B15 em dois anos. O descumprimento das regras previstas no programa traz insegurança jurídica. Além disso, os biocombustíveis são um patrimônio nacional e o mundo todo caminha para uma nova matriz energética. O Brasil tem um grande potencial para ser líder nesta transformação que está acontecendo”, conclui.
Mudanças climáticas: Cenários antes vistos como alarmistas já são tratados como conservadores por cientistas
Brasil e EUA articulam parceria para transição energética em meio à busca por reduzir dependência da China
