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27 ago 2020 - 08:00
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Aquecimento global: Terra perdeu 28 trilhões de toneladas de gelo em 23 anos

Análise feita por pesquisadores britânicos corresponde ao 'pior cenário possível' previsto pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC)


O número é assustador; e também ameaçador. Um grupo de cientistas britânicos descobriu que 28 trilhões de toneladas de gelo simplesmente desapareceram da face da Terra desde 1994 devido ao aquecimento global.


 
O artigo publicado na revista Cryosphere Discussions explica que os estudiosos das universidades de Leeds e Edimburgo e da University College London analisaram imagens de satélite de geleiras, montanhas e mantos de gelo no período entre 1994 e 2017. Descrevendo a perda de gelo como "impressionante", os pesquisadores dizem que, se continuar neste ritmo, o derretimento de gelo pode fazer com que o nível do mar suba até um metro no final deste século.


 
"Para colocar isso em contexto, cada centímetro de elevação do nível do mar significa que cerca de um milhão de pessoas serão deslocadas de suas terras natais baixas", explica o professor Andy Shepherd, diretor do Centro de Observação Polar e Modelagem da Universidade de Leeds.


A análise feita pelos britânicos corresponde ao "pior cenário possível" previsto pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC). "No passado, os pesquisadores estudaram áreas individuais - como a Antártica e a Groenlândia. Esta é a primeira vez que alguém olha para todo o gelo que está desaparecendo do planeta", disse Shepherd."


 
As descobertas foram feitas uma semana depois que pesquisadores da Universidade de Ohio descobriram que a camada de gelo da Groenlândia pode ter passado de um ponto sem volta. Segundo eles, a queda de neve que repõe as geleiras do país não consegue mais acompanhar o ritmo do derretimento do gelo. O manto de gelo da Groenlândia é o segundo maior corpo de gelo do mundo.


Um estudo da Nasa afirma que a última década (2010-2019) foi a mais quente já registrada. E, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas da Europa, 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado.


Fonte: Olhar Digital

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