“Afirmações idênticas e sem comprovação têm sido feitas de forma repetidas por entidades que estão, neste momento, contra o uso do biodiesel, mas não indicam resultados de testes laboratoriais que identifiquem o biodiesel como a única causa e não se mostram interessadas em dialogar ou estabelecer uma agenda propositiva”. A afirmação é de Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO).
Em audiência pública da Comissão de Infraestrutura (CI) realizada nesta terça-feira (05/10), requerida pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), Minelli esclareceu ponto a ponto todas as inverdades propagadas por setores da indústria automotiva e de distribuição de combustível para que a mistura de biodiesel retroceda em relação ao estabelecido pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que define em lei a aplicação de 15% até 2023. Ficou evidente na audiência, que a qualidade do biodiesel é baseada em vários testes que já habilitaram o produto a ser aplicado de forma crescente.
“Não há, até agora, uma pré-disposição ao diálogo, mas sim uma visão determinada com o objetivo de atacar o biodiesel com acusações sem prova”, analisou Minelli. “Há uma força desproporcional baseada em uma linha única de argumentação, sem interesse em perceber e reconhecer o quanto o biodiesel aperfeiçoou suas especificações colocando o produto como um dos melhores produtos do mundo”, diz.
Para o Diretor Superintendente da APROBIO, o crescimento da participação do biodiesel está criando uma reação para tentar colocar uma barreira de entrada do produto por meio de argumentações infundadas sobre a qualidade apresentada. Na oportunidade, o setor também explicou que não tem nenhuma restrição em relação a adoção de diferentes rotas tecnológicas desde que respeitem a legislação.
Durante as apresentações, ficou claro que o setor e a ANP estão prontos para avançar com as especificações do biodiesel. Só resta esperar a manifestação do compromisso dos setores de distribuição, de transportes e da indústria automotiva em avançar por meio do diálogo que favoreça a economia brasileira, a agricultura, melhore o meio ambiente e a qualidade de vida do cidadão.
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