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25 jun 2020 - 18:40
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APROBIO oferece esclarecimento para qualificar debate sobre biocombustível

APROBIO oferece esclarecimento para qualificar debate sobre biocombustível

Manifestações recentes de representantes do setor de distribuição surpreenderam por propagar uma análise equivocada sobre a formação de preços do diesel e a capacidade de entrega da cadeia. Com isso, prestou um desserviço aos seus consumidores e à sociedade. O preço praticado ao consumidor final é um processo complexo. No caso biodiesel, ele é comercializado em leilões públicos e transparentes. Um ambiente de alta competitividade que permite uma estabilidade nos preços por 60 dias. Não há concentração de mercado, muito menos um monopólio.


Para a qualificação deste debate, a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) vem esclarecer os seguintes fatos:


SOBRE A FORMAÇÃO DE PREÇO


1.       O preço do diesel nas bombas é formado principalmente pelos custos do diesel na refinaria, que depende da cotação do dólar e do petróleo;


2.       Expandindo a análise para o período de setembro de 2019 a junho de 2020, identificamos uma situação inicial onde o mercado encontrava-se mais estável, antes do início das flutuações nas cotações do petróleo e das taxas de câmbio, num ambiente pré-pandemia;


3.       A partir de janeiro de 2020 começa um movimento de queda na cotação do petróleo e valorização cambial. Pelos índices calculados pela APROBIO, o preço praticado pela Petrobras acompanhou este movimento. A queda nos preços na distribuição e revenda tende a acompanhar, mas com algum atraso e menor intensidade;


 


4.       A diferença nos índices no preço médio da revenda e preço médio da distribuição reflete um aumento na margem praticada pela revenda no primeiro semestre, conforme levantamento sistemático de preços realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);


5.       A partir de maio os preços do petróleo e do diesel voltam a subir. Assim, o aumento de preço que começa a ser percebido nas bombas é o reflexo dos aumentos nos preços do diesel fóssil no mercado nacional e o reflexo disso no preço praticado pela Petrobras;


6.       Destaque-se que nos meses de maio e junho, enquanto os preços do diesel passam por reajustes para acompanhar a cotação internacional, o biodiesel manteve o seu preço, certamente contribuindo para a manutenção dos preços na bomba, visto que os preços levantados pela ANP para o início de junho apresentou até mesmo uma queda frente aos preços do início de maio;


PREÇO NO L72 E NO L74


1.       Como destacado no gráfico a seguir, o preço praticado durante as entregas do volume adquirido no 72º Leilão (L72) permaneceu constante, mesmo com um aumento significativo nos custos da principal matéria-prima, o óleo de soja;



2.       Uma deficiência na aquisição de biodiesel pelas distribuidoras no Leilão 72 (ler mais detalhes abaixo) demandou a realização de um novo leilão, em caráter excepcional, o L74, para complementar o volume adquirido a menor. Nesta ocasião, foi necessário utilizar as cotações atualizadas e as usinas possuíam condições mais desfavoráveis para aquisição da matéria-prima adicional, com o uso do mercado balcão. Assim, o L74 refere-se a preços praticados em parte dos volumes adquiridos para entrega em apenas 9 dias de junho.


3.       Tal excepcionalidade pode levar qualquer leitor que não acompanhe este mercado de perto a ter uma impressão equivocada. Assim, não é correto comparar o preço médio praticado no L74 com o desempenho do L72, sem analisar com profundidade o contexto que envolveu a realização desses eventos (leia detalhes abaixo);


4.       A comparação dos valores do litro do diesel na refinaria com o valor do litro do biodiesel adquirido provoca uma falsa percepção do impacto no preço final do diesel B12. É preciso considerar o percentual de mistura mínima obrigatória do biodiesel ao óleo diesel;


5.       Também é importante chamar a atenção para o fato de que, desde 1º de março, a mistura mínima obrigatória é de 12% (chamado de B12), mas, por decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), voltou a B10 (uma redução de 16,7%) no período de 16 a 22 de junho. Nesses seis dias, os revendedores e também os consumidores desse produto foram beneficiados por uma eventual redução do preço na bomba?


PARA ENTENDER O L72 E O IMPACTO NO PREÇO


1.       O desempenho do L72 foi diretamente afetado pelo movimento causado pelas distribuidoras. Primeiro elas informaram uma queda de consumo do ciclo diesel de mais de 50% - o que se comprovou irreal, como produtores já haviam constatado;


2.       Ainda com uma visão estreita do cenário, durante o leilão L72, houve uma compra, pelas distribuidoras, muito aquém do necessário, tanto que ficou um saldo não negociado de 255.689 metros cúbicos (25,1% do volume adquirido). Que fique claro: o setor de biodiesel tem capacidade instalada para a demanda atual e seu crescimento futuro, desde que siga com planejamento consistente e obediência às regras;


3.       O resultado dessa postura foi a redução do valor do preço médio de combustível para R$ 2,565 por litro, uma queda de cerca de 11% em relação ao preço dos três leilões anteriores (cuja média girava em torno de R$ 2,882 por litro);


4.       No L74, realizado em caráter excepcional para corrigir erros das distribuidoras na aquisição no L72, foram vendidos 72.940 metros cúbicos, a metade do consumo de biodiesel esperado para o período. Para composição do preço do biodiesel nesse período do final de junho, o valor deve ser uma média entre o preço do L72 (R$ 2,565/l) e o do L74 (R$ 3,655/l);


5.       Neste processo, os produtores de biodiesel é que sofreram a punição imediata, com a redução da mistura obrigatória de B12 para B10, mesmo que temporária;


6.       Em todos os momentos, dentro das regras estabelecidas pela ANP, os produtores estão trabalhando para atender a demanda do mercado. Contudo, as produtoras de biodiesel estão registrando um aumento do “no-show” - quando existe o agendamento para retirada do biodiesel, mas o veículo das distribuidoras não comparece na agenda reservada para retirada do produto - mesmo procurando ampliar os horários e dias disponíveis para a retirada.


A APROBIO e seus produtores manifestam indignação por esta postura de tentar atribuir ao setor responsabilidade decorrente de uma situação promovida por distribuidores e seus representantes a partir de erros sucessivos de planejamento.


É importante que esta questão seja rapidamente superada e não se repita, com a confirmação de compromissos sólidos, a manutenção das regras claras estabelecidas pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e seus benefícios para um modelo sustentável de desenvolvimento, para a saúde do consumidor, e para toda a cadeia produtiva de biodiesel, que inclui a indústria de alimentos e produtores agrícolas familiares.


Qualquer tentativa de retroagir nos avanços dessa política de mudança da matriz energética deve ser rechaçada veementemente

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