Francisco Turra, Presidente do Conselho de Administração da APROBIO
Dos 11 anos celebrados hoje pela nossa Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), certamente os últimos três foram dos mais intensos da história do setor de biodiesel no Brasil. As batalhas que o setor enfrenta só reforçaram a importância da atuação e presença ativa da APROBIO em vários fóruns de discussões nos órgãos e agências de regulamentação, assim como nas várias esferas do Executivo e do Legislativo federais. Foi assim que o setor esteve representado com sua voz nos momentos em que as decisões estavam sendo tomadas e nas várias audiências públicas. Uma análise criteriosa das documentações e propostas de regulamentações evidenciam a seriedade do trabalho realizado e as inconsistências observadas e alertadas nos processos e os riscos que determinadas decisões trouxeram ao setor.
Sem dúvida o setor passou por transformações importantes em sua forma de operar nos últimos meses, que se somam aos enormes desafios que as condições macroeconômicas e o ambiente externo trouxeram para o mercado, pandemia, ciclo de valorização de commodities, depreciação de cambio e conflitos militares que balançam a estrutura mundial de segurança energética e alimentar. A manutenção da regularidade do abastecimento e a prontidão em apoiar o país reforçam a maturidade do setor como um todo. Várias ações estão sendo coordenadas com as outras associações e com a mobilização da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio). A voz do setor repercutida nos meios de comunicação, em campanhas institucionais promovidas pela APROBIO e na participação em vários eventos e congressos levaram informação precisa e dados que dão transparência aos compromissos das associadas e a garantia da qualidade do produto que chega ao consumidor final.
O trabalho da Associação também está voltado para pavimentar o futuro do setor ao acompanhar o dia a dia da evolução dos projetos de lei que estendem o cronograma de avanço da mistura de biodiesel até atingir B20 em 2028 e que estabelecem o Programa Nacional dos Combustíveis Avançados Renováveis em harmonia com os programas existentes e avançando de forma efetiva na descarbonização do setor de transportes. Nosso papel é garantir a articulação necessária para o fortalecimento institucional da representatividade setorial de forma a que o setor possa continuar a cumprir seu objetivo de desenvolvimento sustentável, crescimento da economia e geração de emprego para os brasileiros nas próximas décadas, que terão melhor qualidade de vida com o maior uso dos biocombustíveis.
Adiada votação de incentivo à produção de biocombustível pela agricultura familiar