Além do avanço das especificações do biodiesel, revisão que será decidida em reunião da ANP nesta quarta-feira (29/03), é esperado um avanço das especificações do Diesel A, que é a maior parte da mistura, defendeu a APROBIO durante o painel “Ciclo Diesel” do 3º Seminário Nacional de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos promovido da ANP neste dia 28 de março.
“Enquanto o biodiesel já é operado há 18 anos, o S10 (baixo teor de enxofre) é usado há apenas 11 anos. Uma adequada análise e rastreabilidade na cadeia permite identificar a causa raiz dos desvios e ajustes na especificação com maior assertividade”, explicou Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da Associação.
Documentos da própria Petrobras apontam riscos de contaminação do diesel por partículas sólidas e evidências de sedimentação de contaminantes. Um procedimento de amostragem tecnicamente adequado também é condição fundamental para a representatividade do produto analisado. A APROBIO ressaltou também a importância de se implantar o quanto antes o Programa de Monitoramento da Qualidade do Biodiesel (PMQBio).
O setor aguarda as decisões da Reunião de Diretoria Nº 1.113 da ANP que se realizará nesta quarta-feira. Ela decidirá sobre a Resolução ANP nº 45, que estabelece a especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos que comercializem o produto em território nacional.
Outro tema importante a ser definido é a resolução que altera sobre a individualização das metas compulsórias anuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para a comercialização de combustíveis, no âmbito do RenovaBio, para inclusão de previsão de redução das metas em decorrência da comprovação de aquisição de biocombustíveis por meio de contratos de longo prazo de fornecimento de biocombustíveis.
Participaram do painel, além da APROBIO, representantes da Abiove, Anfavea, CNT e do IBP. O seminário tem como objetivo a abordagem e o debate com o mercado de macrotemas, tais como: especificações e controles de qualidade de biocombustíveis, derivados de petróleo e de gás natural, programas de marcação e de monitoramento da qualidade, controle da qualidade de produtos importados, RenovaBio, novos produtos no contexto da transição energética e desafios tecnológicos.
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