Os dados mais recentes do Ministério do Meio Ambiente mostram que a produção de energia primária no Brasil foi responsável por 37% das emissões de gás carbônico em 2012, mais do dobro de 12 anos antes. A alta no período foi de 35,9%. De 1995 a 2005, ela chegou a 44,3%. Além de ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o país a vem limpando continuamente. As fontes renováveis têm um papel importante nesse esforço, para o qual os biocombustíveis são fundamentais na Política Nacional de Mudança Climática. Em julho deste ano 18 entidades empresariais e de produtores rurais assinaram um manifesto de apoio ao RenovaBio, programa do governo brasileiro de fomento ao uso de biocombustíveis para contribuir no cumprimento dos acordos internacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa. O documento destaca que a biomassa já responde por mais de 18% da oferta nacional de energia. A produção brasileira de biocombustíveis gera em torno de 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos. Aos impactos positivos na indústria e no comércio de economias locais, por sua capilaridade regional, a atividade soma a redução de US$ 12 bilhões por ano de importações de combustíveis fósseis. O emprego dos biocombustíveis nos modais de transporte tem como trazer um resultado mais rápido que a eletrificação veicular para fins ambientais. Hoje as emissões de etanol no Brasil já são menores que as metas do carro elétrico fixadas pela União Europeia para 2030 e 2040. O biodiesel, adicionado a 8% por litro de diesel fóssil, deve passar para 10% em março de 2018, com potencial de chegar a 20% até 2030. O biogás e o biometano superam os 71 milhões de m³ em potencial de produção diária, ou 24% da demanda de energia elétrica, 44% da de diesel, e 73% do consumo de gás natural. A produção de biocombustíveis no Brasil tem potencial de passar dos 27 bilhões de litros para 50 bilhões de litros por ano, segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Para ele, a proposta do RenovaBio 'é uma política que dá segurança aos investidores, por ser uma prioridade do país'. Não existe economia de baixo carbono sem as fontes renováveis, nem transporte sustentável sem os biocombustíveis. Erasmo Carlos Battistella é Presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil - APROBIO
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