Na última quarta-feira (27), mercado em Chicago, mais uma vez, caminhou de lado, observando clima para colheita nos EUA e plantio no Brasil, se contrapondo à força da demanda e à maior competitividade da soja norte-americana. No mercado interno, esmagamento maior para este ano pode favorecer formação dos preços.
Agora, com 10% da área de soja dos Estados Unidos colhida e relatos de produtividade que estão dentro do esperado, o mercado começa a levar em consideração o peso da entrada da safra.
O produtor norte-americano, que tradicionalmente vende antecipado e no momento da colheita, tem boa parte da soja vendida. Neste momento, há uma retração das vendas por conta dos preços, que são baixos tanto para eles quanto para os brasileiros. O apetite chinês se volta para os Estados Unidos e segue bastante agressivo, o que oferece suporte do lado positivo da balança.
Paralelamente, o clima na América do Sul também começa a entrar no radar. A previsão de uma melhora climática no Brasil em outubro também é um dos fatores que precificam Chicago. Do lado argentino, onde os trabalhos de plantio ainda não começaram, chama a atenção a política americana envolvendo o biodiesel deste país e da Indonésia - fator que, se continuar, pode chamar a atenção na próxima safra, sobretudo para os derivados.
Neste momento, o produtor brasileiro tem sua atenção voltada mais para o clima e para a preparação do plantio do que para a comercialização, uma vez que Chicago não chega nos níveis desejados. Cerca de 12% a 15% da safra nova foram negociados até o momento apenas, quando o normal para o período seria 20%.
A dica para o produtor rural é: não tire o olho do mercado neste momento.
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Fonte: Notícias Agrícolas