No último mês de maio, os níveis médios de emissão de gás carbônico foram de 414,7 partes por milhão (ppm), a maior marca desde a década de 1950
Dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), mostram queo nível de gás carbônico na atmosfera da Terra cresceu pelo sétimo ano consecutivo. No último mês de maio, os níveis médios de emissão foram de 414,7 partes por milhão ( ppm), a maior marca desde 1958.
As informações, que foram coletadas do observatório
Mauna Loa Atmospheric Baseline, do Havaí, indicam ainda que houve do ano passado para para cá um aumento de 3,5 partes por milhão (ppm) nas emissões de CO2, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa.
'Essas medições são referentes à atmosfera real. Elas não dependem de nenhum modelo, mas nos ajudam a verificar as projeções, que tem subestimado o ritmo crescente das mudanças climáticas observadas', escreveu em comunicado Pieter Tans, cientista da Global Monitoring Division da NOAA.
Os picos de emissão de CO2 ocorrem geralmente em maio e após meses nos quais são feitas plantações de soja que liberam o gás na atmosfera. Dados coletados ao longo dos anos no
Mauna Loa Atmospheric Baseline revelam médias de aumento das emissões anuais que foram de 0,7 ppm até 1,6 ppm, na década de 1980. Esse número caiu em 1990 (1,5ppm) para aumentar ainda mais na última década, quando as emissões médias variaram de 2,2ppm para 400 ppm ( maio de 2014).
Com o aumento das emissões de gás carbônico e outros gases do efeito estufa, o aquecimento global tem alcançado um nível crítico: o Painel Internacional de Mudanças Climáticas alerta que apenas um aumento de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais antes de 2100 pode significar riscos sérios à vida. Já um relatório publicado pelo Centro Nacional de Descoberta do Clima da Austrália prevê ainda que as mudanças climáticas podem levar o colapso da humanidade até 2050.
Fonte:
Galileu