O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, criou nesta quarta-feira (23), um grupo de trabalho para discutir propostas que incluam alternativas com uso de biocombustíveis para o País. A decisão foi anunciada durante reunião com representantes do setor de
biodiesel que levaram contribuições do setor na redução do preço dos combustíveis no Brasil.
Segundo o diretor superintendente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (
Aprobio), Julio Minelli, o setor sempre defendeu políticas públicas que assegurem a previsibilidade de longo prazo, ações que o atual governo vem tomando, de modo a se evitar surpresas. 'O setor tem capacidade de ampliar e colaborar com esse momento', assegurou.
Ao determinar a criação do grupo de trabalho, o ministro concordou que o setor demanda previsibilidade e estabeleceu que as propostas trazidas pelas entidades além de outras sugestões possam já serem discutidas na próxima semana, para implementação no devido tempo.
'Há uma disposição e politicamente há um empenho em mudar esse setor. Não podemos ficar cúmplices de um problema que se arrasta repetidamente há décadas. Acho que é evidente para todos que esse modelo [praticado no Brasil] não é adequado para as aspirações de crescimento, geração de emprego e melhoria de qualidade de vida, de igualdade de oportunidades e concorrência, que é o caminho inevitável que temos que percorrer para um país voltar a crescer e a garantir qualidade de vida aos seus filhos', disse o ministro.
O grupo de trabalho deverá ser coordenado pelo secretário executivo da pasta, Márcio Félix, e deverá se reunir para discutir alternativas do setor considerando cenários em curto, médio e longo prazo.
Dentre as alternativas levadas pelo setor e apresentadas pelo deputado Federal Evandro Gussi (Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel) ao ministro durante a reunião, está o estabelecimento da mistura de biodiesel no diesel em nível de 15% (B15) no Centro-Oeste a partir de 1º de agosto. Segundo o deputado, a medida teria um impacto de R$ 0,13 diretamente nas bombas de diesel nos postos de combustível.
'Essa solução é quatro vezes mais eficiente que a retirada da CIDE [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico], que impactará um valor de R$ 0,03', ressaltou Gussi. Segundo o parlamentar, a região é estratégica por concentrar parte da fabricação de biocombustíveis e também por escoar essa produção.
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Fotos: Cedidas pelo Ministério de Minas e Energia
Fonte: Assessoria Aprobio