Os carros do metrô de Santiago do Chile são de fabricação europeia, montados em pneus de borracha que mal fazem ruído em contato com os trilhos de aço. O sistema metroviário da capital chilena transporta 2,4 milhões de passageiros por dia durante a semana, um sistema de transportes que é considerado o mais moderno da América do Sul.
Santiago está prestes a alcançar outra distinção: se tornar um dos primeiros metrôs do mundo a circular com a maior parte da energia com base solar e eólica, parte de uma veloz expansão de energias renováveis que tomou conta do país, fazendo a cidade emergir como a líder em energia verde da América do Sul.
No ano que vem, o sistema de metrô de Santiago, um dos maiores da América Latina, comprará 60% de sua energia de projetos solares e eólicos. No deserto do Atacama, no norte do Chile, um dos melhores ambientes do mundo para a geração solar, a SunPower Corp., com base na Califórnia, produzirá 42% da energia do sistema de metrô a partir de uma usina solar de 100 megawatt, usando 254.000 painéis que cobrem uma área correspondente a 370 campos de futebol. Um parque eólico recentemente construído, ao norte do projeto solar, fornecerá 18% da eletricidade do sistema.
O movimento do metrô em direção à energia verde surge à medida que mais prestadores de transporte ao redor do mundo buscam fontes renováveis de energia. Na Austrália, a cidade de Adelaide usa ônibus que circulam já à base de energia solar. Na Bélgica, 16 mil painéis solares foram instalados sobre uma ferrovia coberta entre Antuérpia e Amsterdã, numa extensão de duas milhas, fornecendo energia para trens de passageiros e para uma estação. No Canadá, o VLT de Calgary (Light Rail Transit System) é alimentado quase que por energia eólica. A energia solar também deverá ser usada em breve para a rede de bonde de Melbourne, na Austrália e no metrô de Delhi, na Índia.
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Fonte: Diário do Transporte