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17 ago 2017 - 04:56
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Mais da metade dos óleos alimentares usados vão para o esgoto em Portugal, alerta Zero

A associação ambientalista Zero, alertou hoje(17) para ínfima reciclagem de óleos alimentares usados no país, o que leva o despejo de 35 mil toneladas do produto nos esgotos todos os anos, um desperdício anual calculado em 28 milhões de euros.


Nas contas da Associação, são despejados nos esgotos domésticos portugueses 60% dos óleos usados. E a culpa é essencialmente das famílias mas, também do setor hoteleiro e de alimentação. Esses óleos, que podiam ser transformados em biodiesel, criando um volume de negócios de 28 milhões de euros, vão para os coletores de esgotos domésticos, "gerando problemas nas estações de tratamento de águas residuais ou prejudicando os ecossistemas marinhos".


Num comunicado, a Zero, com base em dados de 2015 fornecidos pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), explica que nesse ano foram colocadas no mercado 77 mil toneladas de óleos alimentares, levando em consideração as diferentes taxas de perda, o potencial para reciclagem seria de 58 mil toneladas.


"Todavia, a informação dada pela APA é que se recolhem apenas 23 mil toneladas, ou seja, 35 mil toneladas acabam nos coletores de águas residuais", constata a Zero. Ao todo, diz a organização ambientalista, 15 mil toneladas (44% do total) são colocadas nos esgotos pelos cidadãos e 19 mil toneladas são desperdiçadas pelo setor dos hotéis, cafés e restaurantes.


É este setor o que gera a maior percentagem de resíduos de óleos alimentares, 69%, com o setor doméstico a gerar mais 25% e a indústria (batatas fritas por exemplo) apenas 6%.


Com base nesses números, a Zero ressalta que o sistema de coleta implementado em Portugal "não tem funcionado". A taxa de reaproveitamento no setor doméstico é de 1,6%, enquanto no setor da hotelaria e restauração gira em torno de 46%. "Parece aceitável mas, só revela que a lei não é cumprida, porque a entrega de óleos usados é obrigatória" conclui a entidade.


Metade das autarquias também não cumprem a legislação que obriga a instalação de pontos de coleta, em função do número de residentes, com menos de 25.000 habitantes  - 12 pontos, com mais de 300.000 - 80.


E assim, pelo menos 17 milhões de litros de óleos usados são despejados pelos cidadãos nos esgotos domésticos, diz a Zero. São quase dois mil litros por hora, aumentando os custos de tratamento das águas residuais em 25% e afetando o meio ambiente.


Problemas que podiam ser evitados e ao mesmo tempo gerar recursos, como faz a BRAVAL -- sistema que abrange os Municípios de Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Amares, Vila Verde e Terras de Bouro, apontado pela Zero como um bom exemplo.


Neste sistema, em 2016, foram recolhidos 73.630 litros provenientes de 16.200 domicílios (19% do total, incluindo cerca de 700 grandes produtores ativos), tendo-se produzido 58.850 litros de biodiesel, com um volume de negócios de aproximadamente 34 mil euros. Vale salientar que os OAU recebidos na BRAVAL correspondem a um terço do total recolhido declarado no setor doméstico a nível nacional, apesar dos 290 mil habitantes abrangidos pelo programa representarem apenas 3% da população de Portugal.


A associação ambientalista recomenda um esforço adicional da Agência Portuguesa do Ambiente para melhorar a coleta e a sistematização da informação reportada pelos produtores e pelos Municípios, reforçando os meios humanos e financeiros no Departamento de Resíduos; aumento da fiscalização da atividade dos operadores de gestão de resíduos ligados à recolha de óleos alimentares usados e também aos estabelecimentos comerciais para verificação do cumprimento das obrigações legais no encaminhamento de OAU para reciclagem; além de intensificar a informação pública sobre esta temática, sensibilizando os cidadãos para que evitem a deposição nos coletores de águas residuais e para que exijam que seja efetuada a recolha porta-a-porta nos seus Municípios.


Fonte: DN Notícias

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