Alerta foi feito no último relatório da Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira (11)
O relatório de 2017 da AEA sobre a qualidade do ar na Europa apresenta uma análise atualizada da qualidade do ar e seus impactos, baseada em dados oficiais de mais de 2500 estações de monitorização em toda a Europa em 2015. O relatório foi lançado pela AEA durante a Semana Europeia das Regiões e dos Municípios 2017.
Os dados demonstram que a qualidade do ar na Europa está lentamente a melhorar, graças a políticas anteriores e atuais e aos desenvolvimentos tecnológicos. Contudo, elevadas concentrações de poluição atmosférica continuam a afetar significativamente a saúde dos europeus, com as partículas atmosféricas (PM), o dióxido de azoto (NO
2) e o ozono troposférico (O
3) a serem os mais prejudiciais.
Segundo o relatório, as concentrações de PM2,5 foram responsáveis pelo número estimado de 428 000 mortes prematuras em 41 países europeus em 2014, das quais cerca de 399 000 ocorreram nos 28 países da União Europeia. A má qualidade do ar tem ainda impactos económicos consideráveis, designadamente, o aumento das despesas com a saúde, a redução da produtividade dos trabalhadores e os danos causados nos solos, colheitas, florestas, lagos e rios.
"Enquanto sociedade, não devemos aceitar os custos da poluição atmosférica. Com decisões corajosas e investimentos inteligentes em transportes, energia e agricultura mais 'limpos', conseguiremos combater os problemas da poluição e melhorar a nossa qualidade de vida", sublinhou Hans Bruyninckx, o Diretor Executivo da AEA. "É animador ver que muitos governos europeus, e em particular as cidades, estão a tomar a iniciativa de proteger a saúde das pessoas, através da melhoria da qualidade do ar. O ar limpo é um direito que assiste a todos, incluindo às pessoas que vivem nas cidades".
"O relatório da AEA revela que a má qualidade do ar continua a ter efeitos consideráveis sobre a saúde. A Comissão Europeia está determinada a resolver este problema e a ajudar os Estados-Membros a assegurar que a qualidade do ar que os seus cidadãos respiram respeite as normas mais elevadas", acrescentou Karmenu Vella, Comissário da UE responsável pelo Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas.
O relatório deste ano destaca também a agricultura em particular, um importante emissor de poluentes atmosféricos e de gases com efeito de estufa. O relatório salienta que estão disponíveis inúmeras ações, incluindo medidas técnica e economicamente viáveis, para reduzir as emissões provenientes da agricultura, as quais têm ainda, contudo, de ser adotadas à escala e intensidade necessárias.
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Fonte: Agência Europeia do Ambiente