A Irlanda é um país moderno, foi criado em 1922. Sob regime parlamentar democrata, seus quase cinco milhões de habitantes (mais ou menos um milhão a menos do que a cidade do Rio de Janeiro) vivem sem se preocupar com cheque especial ou dívidas, tampouco com políticos corruptos. Seguem a vida num clima ameno. Estão em oitavo lugar no Índice de Desenvolvimento Humano, cercados pelo Oceano Atlântico, com o mar Céltico ao Sul.
E, de uns tempos para cá, este país quase idílico decidiu ocupar espaço nas manchetes. Em maio, o parlamento irlandês chamou a atenção do mundo quando se posicionou a favor do aborto.
Mas um mês antes, quando foi publicado o índice anual de Desempenho de Mudanças Climáticas em 2018, a Irlanda ficou em último lugar entre os estados membros da União Europeia no quesito emissões de gases poluentes. A notícia fez barulho entre os ambientalistas, até porque, com o tamanho que a Irlanda tem - e a população que tem - era de se esperar que o país conseguisse tomar mais cuidados para tentar evitar tanto impacto ao meio ambiente.
Aparentemente, as críticas surtiram efeito. Porque na quinta-feira (12), a Irlanda tomou uma atitude que está sendo considerada histórica: decidiu desinvestir em combustíveis fósseis, com a aprovação de uma lei que exige que o fundo soberano do país , avaliado em 8,9 bilhões de euros, ou cerca de US $ 10,4 bilhões, se afaste deles 'assim que for possível'. O rascunho original do texto estabelecia um limite, de cinco anos, mas depois se decidiu torná-lo mais flexível. E o projeto agora vai para o Senado.
Fonte: Coluna Natureza - G1
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