A energia renovável, gerada a partir de recursos naturais, empregou 10,3 milhões de pessoas no mundo em 2017, direta ou indiretamente - um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Entram na conta fontes como hidroelétrica, energia solar fotovoltaica, energia solar por aquecimento, bioenergia e energia eólica. O levantamento foi elaborado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês).
Os empregos são nos setores de planejamento, de produção e de instalação dos equipamentos - e podem ser ocupados por profissionais formados, entre outros cursos, em gestão ambiental. É possível também atuar na parte de controle de eficiência das novas fontes energéticas, como em uma rede hoteleira ou em um condomínio, por exemplo.
'O profissional de gestão ambiental precisa mostrar para as empresas a vantagem de implementar ações de sustentabilidade e estimular que invistam em formas alternativas de energia', afirma Simone Kapusta, coordenadora do curso no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no campus de Porto Alegre.
O Brasil está entre os maiores empregadores do setor de energia renovável, junto com Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão - a China, sozinha, concentra 43% das oportunidades de trabalho. Analisando a distribuição de vagas em 2017, a maior parte está focada na energia solar fotovoltaica, com 3,37 milhões de oportunidades de emprego no mundo.
'A produção de energia renovável adquiriu mais importância conforme as tecnologias foram sendo desenvolvidas', afirma o relatório da Irena.
Diversos fatores influenciam no crescimento da geração de energia renovável. Políticas governamentais, questões geográficas (como a incidência solar, o relevo e a hidrografia) e estratégias de grandes empresas determinam como um país lidará com fontes energéticas alternativas.
No Brasil, em 2017, havia 893 mil vagas para profissionais envolvidos com produção, geração e distribuição de energia renovável - excluindo as grandes hidroelétricas. Segundo o relatório da Irena, foram 795 mil oportunidades nos biocombustíveis líquidos, 42 mil em aquecimento solar, 34 mil em energia eólica, 12 mil em pequenas hidroelétricas e 10 mil em energia solar fotovoltaica.
Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), reforça que a energia solar começou a crescer no Brasil em 2012, mas ainda pode ser mais explorada. 'Antes, ela era usada em comunidades remotas, com bateria. Depois, passou a ser conectada à rede e a ficar muito mais barata e competitiva', explica. 'Dá para ser gerada a partir da instalação dos painéis solares em telhados, fachadas de edifícios, cobertura de estacionamentos', completa.
Sauaia diz que o Brasil precisa focar em ampliar o uso da energia solar fotovoltaica. 'Temos um potencial gigantesco, mas menos de 1% da nossa matriz elétrica é solar. Estamos atrasados e precisamos nos recuperar', diz.
Fonte: G1
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